Matriz de competências para gerentes de unidades básicas de saúde com estratégia saúde da família

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rodrigues, Patricia Cruz [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1613445
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46814
Resumo: Este estudo teve como objetivos identificar o perfil dos gerentes de Unidades Básicas de Saúde (UBS) com Estratégia de Saúde da Família (ESF) do município de São Paulo, identificar as competências necessárias ao processo de trabalho gerencial na ESF sob a ótica destes e propor uma Matriz de Competências (MC) para gerentes de UBS com ESF. Método: Optou-se pela pesquisa exploratória e metodológica com abordagem quantitativa, sendo dividida em 2 etapas. Na primeira etapa que ocorreu de maio a dezembro de 2012, a população foi composta pelos 270 gerentes de UBS com ESF da cidade de São Paulo, resultando em 199 (74%) que responderam o questionário semi-estruturado. Este foi elaborado com dezessete questões com dados de caracterização e uma sobre as cinco competências que os gerentes consideravam mais importantes para o processo de trabalho gerencial na Saúde da Família. Utilizou-se a ferramenta eletrônica Google Docs® para o envio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e o Questionário, e a análise dos dados foi feita com auxílio da estatística descritiva utilizando o software Microsoft Excel®. Na segunda etapa, foi desenvolvida a pesquisa metodológica para a construção da Matriz de Competências (MC) para os gerentes. Através dos resultados obtidos com os gerentes e extensa revisão de literatura foram apontadas 17 competências, que a seguir foram selecionadas, identificadas as associadas por sobreposição, e descritas as caracterizações da entrega. Resultados: O perfil identificado dos gerentes de UBS com ESF do município de São Paulo foi de mulheres (159=80%), com idade entre 30 e 39 anos (91=46%), enfermeiras (136=68%), formadas de 10 a 20 anos atrás (80=40%), sem pós-graduação em gerenciamento (118=59%) e sem experiência em gestão (109=55%). A maior parte era celetista (175=88%) em instituição parceira/OSS que foram promovidas ao cargo por indicação (87=44%), atua na atenção básica há mais de 10 anos (95=48%), está como gerente há menos de 4 anos (122=61%) e trabalha na mesma UBS há menos de 2 anos (113=57%). O estudo também identificou as XVII principais competências necessárias para o processo de trabalho gerencial da ESF sob a ótica destes gerentes, sendo elas: planejamento e organização (148=74%), liderança (126=63%), trabalho em equipe (124=62%), gestão integrada de processos (84=42%) e desenvolvimento da equipe (82=41%). Uma matriz de competências para gerente de UBS com ESF foi proposta, totalizando-se em sete: (1) gestão do cuidado, (2) gestão de pessoas, (3) gestão de recursos políticos, (4) planejamento e organização, (5) liderança, (6) tomada de decisão e (7) relacionamento interpessoal. Além da definição de cada competência, a caracterização da entrega foi descrita considerando o contexto da ESF, o que trouxe clareza, objetividade e praticidade à esta MC. Conclusão: Foi identificado o perfil dos gerentes de UBS com ESF do município de São Paulo apontando que a maior parte são mulheres, enfermeiras, estão em sua primeira atuação na gestão e sem formação em gerenciamento ou administração. O estudo identificou ainda cinco principais competências necessárias ao processo de trabalho gerencial na ESF sob a ótica destes gerentes, sendo elaborada a Matriz de Competências para gerentes de UBS com ESF. Esta MC oferece subsídios para propostas tanto na educação permanente como nos processos de recrutamento e seleção, possibilitando a reorientação das funções gerenciais neste nível de atenção à saúde.