Atualização da memória contextual apetitiva induzida por cocaína envolve mecanismosde consolidação e não de reconsolidação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Sá, Rafael Karan Vianna de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3330274
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46494
Resumo: Uma das teorias a cerca da neurobiologia da drogadição sugere que existe uma constante atualização de memórias relacionadas aos repertórios contextuais e comportamentais de uso da substância. Neste sentido, a compreensão dos mecanismos envolvidos neste processo de atualização se faz necessário para a melhor compreensão da drogadição e também para o aprimoramento de estratégias de tratamento. Em memórias aversivas alguns grupos sugerem que a atualização é decorrente da consolidação de uma nova memória que é associada à memória original, enquanto outros grupos defendem a hipótese que a atualização envolve mecanismos de reconsolidação da memória original e não consolidação de uma nova memória. Para as memórias apetitivas não existe até o momento estudos que abordam diretamente o tema. Neste sentido, o presente estudo buscou investigar se a atualização da memória associativa de reforço positivo induzida pela cocaína envolve mecanismos de consolidação ou reconsolidação. Para tanto, camundongos C57BL6 machos adultos foram submetidos a um protocolo padrão de preferência condicionada ao local induzida por cocaína (20 mg/kg, i.p.). Em seguida, os animais foram submetidos a diferentes protocolos de re-exposição contextual, a fim de induzir a evocação e labilização do traço. Por fim, os animais foram submetidos a um novo teste de preferência condicionada ao local a fim de verificar o efeito dos protocolos de re-exposição. Os resultados aqui encontrados mostraram que os animais são capazes de atualizar a memória contextual no paradigma da preferência condicionada ao local. A atualização da memória foi abolida pela administração de ciclohexamida, um inibidor de síntese protéica somente quando administrada 3 e 6 horas após (mas não imediatamente após) cada re-exposição. Tendo em vista a característica temporal dos efeitos da ciclohexamida, podemos inferir que, no modelo da preferência condicionada ao local induzida pela cocaína, a atualização envolve mecanismos de consolidação e não reconsolidação.