Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2006 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Patrícia da Silva [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/21462
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Resumo: |
As crises epilépticas podem ser precipitadas por vários fatores, endógenos ou exógenos. O conhecimento de fatores precipitantes e inibitórios de crises pode auxiliar o tratamento e propiciar ao paciente uma melhor qualidade de vida. O presente estudo objetivou detectar o efeito dos fatores precipitantes, representados pela ativação neuropsicológica, hiperventilação, fotoestimulação e sono, como desencadeantes de crises clínicas e/ou eletroencefalográficas em pacientes com Epilepsia Mioclônica Juvenil (EMJ), através do vídeo-eletroencefalograma. A EMJ corresponde de 2,8% a 11,9% de todas as epilepsias, mas, os pacientes não são facilmente diagnosticados. Dificuldades de interpretação dos fatores clínicos e eletroencefalográficos têm sido mencionadas em estudos de vários países. No entanto, os pacientes conseguem identificar fatores em seu estilo de vida, ou em eventos externos, que consideram precipitantes de suas crises. No período compreendido entre 2002 e 2005 foram avaliados 86 pacientes com diagnóstico de EMJ no Ambulatório de Epilepsia da Escola Paulista de Medicina. Dando continuidade a pesquisas já realizadas nesse ambulatório, implicadas no retardo do diagnóstico e no prognóstico após tratamento adequado, constatou-se que entre 41 pacientes avaliados, 19,5% haviam recebido diagnóstico sindrômico. Os outros 80,5% haviam sido classificados como portadores de epilepsia indeterminada. A fase 1 da pesquisa constou da aplicação de um questionário sobre a identificação de fatores precipitantes e dela participaram 75 pacientes. Na fase 2, 65 pacientes foram submetidos a um Protocolo Neuropsicológico durante estudo Vídeo-eletroencefalográfico. Os dados coletados no estudo estão apresentados sob a forma de artigos publicados (6) e a ser submetido à publicação (1). Em respostas ao questionário aplicado, 92% dos pacientes conseguiram identificar, pelo menos, um fator precipitante de suas crises. A aplicação do Protocolo Neuropsicológico durante a Vídeo-letroencefalografia visou estudar o efeito dos fatores precipitantes e/ou inibitórios de crises epilépticas. Foi possível observar que a mesma função pôde ser algumas vezes provocativa ou inibitória, no mesmo paciente, mas, o efeito de uma tarefa específica teve sempre respostas idênticas, sugerindo um mecanismo reflexo verdadeiro. Em conclusão, podemos considerar que: a) a aplicação de um questionário estrutura do a respeito de fatores precipitantes e inibitórios de crises é um valoroso auxílio ao paciente a praticar a autopercepção e a relatar estes fatores; b) a aplicação de testes neuropsicológicos durante a Vídeo-eletroencefalografia torna-se um instrumento de investigação eletroclínica para comprovação dos fatores precipitantes de crises, tanto em pacientes tratados como em não tratados; pode confirmar a existência de traços reflexos; permite avaliar a relação entre função cognitiva e as crises epilépticas e, no caso de pouca resposta à terapêutica medicamentosa pode auxiliar no reconhecimento dos fatores precipitantes de crises. |