Supercrescimento bacteriano e intolerância à lactose em pacientes com câncer gastrointestinal em tratamento quimioterápico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gonçalves, Aline Rufino [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9104667
https://hdl.handle.net/11600/62453
Resumo: Mundialmente, o câncer colorretal (CCR) e o câncer gástrico (CG) são o terceiro e o quinto tipo mais incidente, respectivamente. Além de ressecções cirúrgicas e quimioterapia, alterações na flora intestinal que podem levar a intolerância à lactose e supercrescimento bacteriano do intestino delgado (SBID), podem causar diarreia. Objetivo: Avaliar a incidência de SBID e de intolerância a lactose nos pacientes com CCR e gástrico em tratamento quimioterápico e sua relação com o estado nutricional e presença de diarreia. Casuísticas e Métodos: Estudo descritivo e observacional realizado com pacientes atendidos no ambulatório de Gastro-Oncologia e Oncologia Clínica da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e aprovado sob CAAE de nº 81597517.0.0000.5505. Foram coletados número e aspecto de evacuações e grau de toxicidade. Foi avaliado o estado nutricional através do cálculo do IMC e o risco nutricional pela avaliação subjetiva global pelo próprio paciente (ASG-PPP). Para os testes respiratórios, foram utilizados lactulose e lactose para diagnóstico de SBID e intolerância à lactose, respectivamente. Resultados: Ao todo, 33 pacientes participaram do estudo, 30 com CCR e 3 com CG. A maioria era do sexo masculino (57,6%) com média de idade de 60,03 anos. A maioria estava em quimioterapia com fluoropirimidina e oxaliplatina (54,5%). A diarreia esteve presente em 54,5% dos casos, 30,3% apresentaram toxicidade grau II. Segundo o IMC 78,9% estavam eutróficos, em sobrepeso ou com obesidade, mas segundo a ASG-PPP, 84,9% apresentavam risco nutricional moderado ou grave B. Entre os pacientes, 9% tinham SBID e 45% intolerância à lactose. Conclusão: A diarreia foi um sintoma frequente nos pacientes em quimioterapia tanto para aqueles com SBID e intolerância à lactose positivos quanto àqueles com resultados negativos. A cirurgia e o tratamento quimioterápico impactaram no hábito intestinal dos pacientes. O diagnóstico da etiologia da diarreia pode contribuir para uma melhor tolerância ao tratamento e qualidade de vida.