Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Berrettini, Renata Tarpani [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71739
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Resumo: |
Os dentistas ainda são vistos por trabalhadores e usuários do sistema de saúde como profissionais que se limitam a cuidar dos dentes, mantendo contato com a população somente na cadeira odontológica, seguindo um modelo de atendimento organizado na lógica da demanda espontânea e da valorização dos cuidados procedimentais em detrimento ao cuidado integral. O distanciamento das equipes, executando atividades estritamente curativas, prejudica a integralidade da atenção e a produção do cuidado em saúde bucal, o que pode ser compreendido a partir da trajetória da saúde bucal nas políticas públicas. Esta pesquisa, qualitativa e participativa, teve como objetivo problematizar com usuários e profissionais a produção do cuidado em saúde bucal na Atenção Básica em uma Unidade de Saúde da Família da cidade de Santos. Foram realizadas quatro rodas de conversa com 14 participantes e os encontros foram gravados e colocados em diálogo com os registros do diário de pesquisa. Alguns conceitos da Análise Institucional francesa apoiaram a análise do material produzido e a problematização e reflexão da produção do cuidado em saúde bucal instituído no diaadia das práticas da Atenção Básica. Os resultados apontam a dificuldade de manter os processos de trabalho da equipe de saúde bucal nos moldes da promoção de saúde e a valorização da conduta terapêutica com agendamento para tratamento com base em listas de espera e atendimento às urgências. Questionamentos sobre a formação e mudanças de posturas dos profissionais foram levantados ressaltando a importância de ampliação da clínica de saúde bucal. A formação profissional estritamente focada na prática mercantilista, especialista e distante da prática social foi entendida como um fator importante para a dificuldade de concretização de novas práticas de cuidado na saúde bucal. As rodas de conversa configuraramse como espaços de escuta aos usuários na unidade com ampliação de diálogo na equipe e abertura de possibilidade para outros olhares sobre a questão. O Produto Técnico Educacional “Diálogos coletivos sobre saúde bucal na Atenção Básica: materiais disparadores” pode subsidiar estratégias de Educação Permanente em Saúde com gestores, trabalhadores e usuários, assumindo o Sistema Único de Saúde como espaço formador na lógica da saúde bucal coletiva para que haja um processo de transformação de cuidado. |