Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Aledi, Luciane Basilio [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/65097
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Resumo: |
Introdução: Amputação é descrita como a remoção de uma parte do corpo por trauma, doença ou cirurgia. Amputações causadas por doenças vasculares são cada vez mais frequentes, associada ao envelhecimento da população, com maior incidência de diabetes e doença arterial obstrutiva periférica (DAOP). Intervenções para reabilitação motora podem funcionar como precursores para o processo de reabilitação e uso de prótese em pacientes com amputação abaixo do joelho por doença vascular. Reabilitação efetiva pode permitir aos amputados melhorar a mobilidade, dar oportunidade de readquirir as atividades com perda funcional mínima e melhorar a qualidade de vida dessa população. Treinamento de força muscular tradicional (TFMT) é a técnica mais usada para reabilitação motora objetivando o aumento de força muscular. Intervenções como imaginação motora (IM), ambientes virtuais (AV) e facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP) podem melhorar a reabilitação e visto que podem ser realizadas no domicílio do paciente, os custos do processo de reabilitação podem diminuir. Devido ao aumento da prevalência, impacto econômico e o longo processo de reabilitação em pacientes com amputações por doença vascular uma revisão investigando a efetividade das intervenções de reabilitação motora em pacientes com amputação abaixo do joelho por doença vascular é necessária. Objetivo: Acessar e comparar a efetividade das intervenções para reabilitação motora em pacientes com amputação abaixo do joelho (transtibial) devido à doença arterial obstrutiva periférica ou diabetes. Métodos: Revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados e “quasi”-randomizados. A pesquisa foi realizada nas bases de dados Cochrane Vascular Specialized Register, CENTRAL, MEDLINE, EMBASE, AMED e CINAHL, na Plataforma Internacional de Registro de Ensaios Clínicos da Organização Mundial da Saúde, no registro de ensaios clínicos do ClinicalTrials.gov e complementado através da verificação através de busca manual de revistas, livros e resumos de conferências relevantes. Não houve restrições de idioma e data de publicação. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados comparando qualquer intervenção para reabilitação motora com treinamento de força muscular tradicional (TFMT) + cuidados usuais (CU) ou comparando intervenções para reabilitação motora entre si. Os desfechos de interesse foram uso de prótese, eventos adversos, avaliação da mobilidade, qualidade de vida e dor fantasma no membro. Dois revisores independentes realizaram a seleção dos estudos, extração de dados e avaliação de risco de viés para os estudos incluídos, seguindo as recomendações da Cochrane Collaboration. Resultados: Foram incluídos três ensaios clínicos randomizados (ECR) com um total de 61 pacientes. Um ECR (8 pacientes) avaliou imaginação motora (combinado com prática de caminhada) versus prática de caminhada; um estudo comparou dois protocolos diferentes de marcha (1 ECR, 22 pacientes) e outro ECR (31 pacientes) comparou sessões de telessaúde com intervenção de mudança de comportamento de atividade física (combinado com controle de atenção por telessaúde) versus sessões de telessaúde com intervenção de mudança de comportamento de atividade física. Não houve diferença clara nos parâmetros de avaliação da mobilidade comparando-se a imaginação motora (combinada com prática de caminhada) com a prática de caminhada. Ambos os protocolos de marcha (o focado no nível de deficiência e o focado no nível de tarefa) apresentaram uma possível melhora na avaliação da mobilidade no pós-tratamento em relação ao início do tratamento. Comparando-se sessões de telessaúde com intervenção de mudança de comportamento de atividade física (combinado com controle de atenção por telessaúde) versus sessões de telessaúde com intervenção de mudança de comportamento de atividade física não houve diferença entre os grupos no período de realização da intervenção em relação ao início do tratamento nos parâmetros de avaliação da mobilidade, qualidade de vida e eventos adversos. Conclusões: há escassez de estudos na área de reabilitação motora em amputação por doença vascular. Foram identificadas evidências de baixa certeza que sugerem que protocolos de treinamento de marcha podem resultar em melhora nos parâmetros de avaliação da mobilidade e que a imaginação motora não melhora parâmetros de avaliação da mobilidade. Evidências de muito baixa certeza sugerem que sessões de telessaúde de intervenção de mudança de comportamento de atividade física não melhoram a avaliação da mobilidade, qualidade de vida ou eventos adversos em pessoas com amputação abaixo do joelho devido a doença arterial periférica ou diabetes melito. Visto que a certeza das evidências foi baixa a muito baixa, continua incerto se essas intervenções podem melhorar o uso de próteses, mobilidade, mortalidade, qualidade de vida e dor fantasma. Estudos de alta qualidade envolvendo intervenções para reabilitação motora em amputações abaixo do joelho por doença vascular podem ser importantes. |