Sociobioeconomia para coevolução: Modelo de gestão sistêmica para populações tradicionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Miranda, Raizza [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/70154
Resumo: Esta pesquisa teve como objetivo desenvolver um modelo de gestão sistêmica voltado para o empreendedorismo social de base comunitária, com o propósito de proporcionar às populações e comunidades tradicionais um maior controle sobre o seu próprio desenvolvimento, por meio do estabelecimento de organizações viáveis e sustentáveis. Para alcançar essa meta, elaborou-se um modelo de gestão sistêmica, fazendo uso das abordagens do Model of Systemic Control e do Viable System Model. O método de pesquisa utilizado foi qualitativo e baseou-se em uma estratégia que envolveu a realização de entrevistas e a promoção da autorreflexão, visando encontrar soluções para problemas coletivos. Para compilar o conjunto de conhecimento necessário, foram adotadas duas técnicas de coleta de dados distintas: a análise da literatura existente e a realização de entrevistas semiestruturadas com atores-chave, incluindo populações tradicionais, especialistas e membros de organizações que poderiam contribuir para o estudo. O foco primordial da pesquisa era compreender a estrutura de gestão vigente nas empresas sociais de base comunitária e propor um redesenho, utilizando conceitos da cibernética organizacional. A aplicação desses princípios possibilitava que as organizações se adaptassem de forma ágil e eficaz às mudanças do ambiente, antecipando-se a problemas e desenvolvendo soluções inovadoras. Como resultado, foi criado um modelo de gestão voltado para as comunidades tradicionais, pautado na valorização dos aspectos culturais frequentemente negligenciados, evitando assim imposições e um colonialismo tecnológico. Esse trabalho se destacou ao incorporar esses valores, promovendo o direito à autodeterminação na identidade organizacional. Ademais, a pesquisa também se propõe a criar uma ferramenta que facilite a interação equilibrada entre organizações de populações tradicionais e aquelas com perspectivas ocidentais, fortalecendo o papel das organizações de base comunitária na busca por relações construtivas com outros atores em seus territórios.