Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Brodskyn, Fabio [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/70970
|
Resumo: |
Introdução O Carcinoma Medular de Tiroide é uma doença rara. Tem como principal marcador a calcitonina, utilizada tanto em dosagem sérica e como em estudo imunohistoquímico. Os miRNAs têm sido estudados em diversos tumores e demonstrado bom desempenho como marcador diagnóstico, preditor prognóstico e alvo terapêutico. Contudo, ainda é pouco explorado no CMT. Um ponto importante no Brasil ainda é o custo elevado na utilização dos miRNAs na prática clínica. Razão esta pela qual o uso de alvos corados por imunohistoquimica se mostra uma melhor estratégia. Objetivo Avaliar alvos de miRNAs sobre sua capacidade diagnóstica e possibilidade de predizer metástase linfonodal no CMT. Método Após amplo estudo de “mineração de dados” na plataforma GEO foram identificados miRNAs 21, 31, 129 e 375 diferencialmente expressos. Utilizado a ferramenta miRNet para comparar com dados de transcriptoma de 8 pacientes com CMT metastático seguidos em nosso serviço. Selecionados então TLR4, PDCD4, NT5C2 e YAP1. Com outra ferramenta de bioinformática, o target scan, escolhido ZNF 367, alvo do miRNA21, implicado no processo de Anoikis. E SSTR2 alvo do miRNA 129. Estes alvos foram estudados com marcação imunohistoquimica em 140 cortes de TMA (Tissue Micro Array) com tecido tumoral, tecido normal e metastático, provenientes de pacientes com CMT. Resultados: Foi demonstrado boa sensibilidade e especificidade para diferenciar tecido tumoral de tecido normal. A área embaixo da curva (ROC), Qui quadrado (2X) and p estatístico calculados: TLR4 ( 0,772 e 2X 7,5 / p -0,015) ; NT5C2 (0,982 e 2X 18,615 / p - <0,001) ; ZNF 367 ( 0,882 e 2X 16,25 / p < 0,001) ; PDCD4 (0,5 e 2X 1,38 / p – 0,2), YAP (0 ,84 and 2X 11,5 / p - 0,002) and SSTR2 (0,96 and 2X 16,2 / p - <0,001). Quando comparado com metástase linfonodal, os números encontrados foram: TLR4 ( ( 0,62 e 2X 1,15 / p -0,524); NT5C2 (0,76 e 2X 2,4 / p -0,251); ZNF 367 ( 0,64 e 2X 2,14 / p -0,33); PDCD4 ( 0,83 e 2X 6,56 / p -0,026), YAP1 (0,55 e 2X 0,17 / p - 0,1), SSTR2 (0,52 e 2X 0,15 / p - 0,1). Discussão O mRNA 21 é chamado OncomiR, por sua presença e implicação em diversas neoplasias, contudo, foi pouco estudo no CMT. Nosso achado do TLR4 que é regulado pelo miRNA se mostrou promissor. Ele é uma proteína ligada à inflamação e foi descrita em câncer de pulmão com metástase linfonodal e nos casos de carcinoma de nasofaringe com metástase linfonodal. O mesmo ocorre com outro alvo, o ZNF 367, também implicado em metástase de câncer de mama. O NT5C2 é outro biomarcador promissor. Está associado ao controle celular, e é descrito na falência do tratamento das leucemias agudas. Nenhum destes marcadores foi descrito no CMT até o momento deste estudo. O PDCD4 tem relação inversa ao miRNA 21, e atua na mesma via que TLR4. Em nossos dados, foi o que melhor se relacionou com metástase linfonodal. O YAP 1, também é inversamente proporcional à presença de tumor, similar ao já descrito na literatura. O SSTR2 é descrito na literatura como possível marcador de metástase linfonodal. Entretanto, em nossa análise ele se mostrou sensível para diferenciar tumor de tecido normal, porém menos sensível para predizer metástase linfonodal. Conclusão Conseguimos demonstrar a relação de novos marcadores estudados com CMT, e inclusive uma relação com metástase linfonodal, como ficou claro com PDCD4. |