Suplementação de leucina e quercetina, possível papel metabólico em modelo de obesidade induzido por dieta hiperlipídica e hiperglicídica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Moreno, Mayara Franzoi [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5298697
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50602
Resumo: Objetivo: Avaliar as alterações fisiológicas e bioquímicas decorrentes da administração de leucina e/ou quercetina em um modelo animal de obesidade induzida por dieta hiperlipídica-hiperglicídica em camundongos. Métodos: Foram utilizados camundongos machos C57BL/6J divididos em cinco grupos experimentais: controle (C); hiperlipídicahiperglicídica (H); H+leucina (HL); H+quercetina (HQ); H+leucina+quercetina (HLQ). Foram analisados: massa corporal, massas dos tecidos adiposos e gastrocnêmio, monitoramento da homeostase da glicose (teste de tolerância à insulina e teste tolerância oral de a glicose), biomarcadores metabólicos (colesterol total, triacilgliceróis, lipopolisacarideos), biomarcadores inflamatórios (TNF-α, IL-10, IL-6 e adiponectina), biomarcadores relacionados a atividade antioxidante (superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase), conteúdo energético das fezes, análise dos ácidos graxos de cadeia curta fecais, 8-isoprostano livre no plasma, expressão gênica por qPCR no colon (Occludin, Muc2, Fiaf). Resultados: De forma isolada ou sinérgica a quercetina e a leucina não melhoraram o ganho de massa corporal, adiposidade, homeostase da glicose ou a sensibilidade à insulina em camundongos alimentados com dieta H. Entretanto, nossos dados sugerem que a quercetina e/ou leucina poderiam atuar favoravelmente na redução do estresse oxidativo ao prevenir o aumento espécies reativas de oxigênio induzido pela dieta H, (modulando as enzimas antioxidantes como CAT e GPx; e as frações livres de 8-Isoprostano), interferindo positivamente na progressão da obesidade com consequências benéficas preliminares aos distúrbios metabólicos associados à obesidade. Além disso, a coadministração de quercetina e leucina aumentou significativamente a expressão do mRNA do fator adiposo induzido pelo jejum (Fiaf) e da Muc2. Conclusão: O presente estudo indica que a quercetina e leucina exercem efeitos isolados e sinérgicos metabolicamente benéficos e que esses efeitos estão associados a mudanças na atividade antioxidante e fisiologia intestinal. Além disso, mais pesquisas são necessárias para avaliar a aplicabilidade terapêutica da quercetina e leucina no tratamento da obesidade.