Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Saraiva Filho, Sebastião José [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20972
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar as repercussões ultra-sonográficas do tabagismo materno sobre a placenta, com ênfase no seu grau de maturação (calcificação), e correlacionar estes achados com o padrão hemodinâmico uteroplacentário através da dopplervelocimetria das artérias uterinas e umbilicais e com o peso fetal. Métodos: Estudo de coorte com 244 gestantes, sendo 210 gestantes não-fumantes e 34 fumantes. Incluídas pacientes com gestação tópica, de filho único e sem intercorrência clínica ou obstétrica que pudesse alterar os pontos investigados. Os exames foram realizados numa série de quatro: o primeiro, até a 16ª semana gestacional, para a datação da gravidez; e os três posteriores, com 28, 32 e 36 semanas gestacionais, para a obtenção dos dados. Placenta grau III evidenciada antes de 36 semanas gestacionais foi considerada como calcificação precoce da placenta. A análise estatística utilizou o programa Stata 6.0 e o nível de significância fixado em 5% (α≤0,05); foram aplicados o teste de associação qui-quadrado e o teste exato de Fisher na avaliação comparativa dos graus placentários, e o teste de Mann-Whitney para as variáveis índice de resistência (IR) das artérias uterinas e umbilicais e peso fetal. Resultados: observou-se maior freqüência de placenta grau III nas fumantes, quando comparadas com as não-fumantes, na 32ª semana (5,9% versus 2,4%) e na 36ª semana (20,6% versus 14,3%), embora as diferenças não tenham sido estatisticamente significantes. O estudo dopplervelocimétrico das artérias uterinas nos diferentes momentos gestacionais mostrou semelhança entre os dois grupos, enquanto o das artérias umbilicais exibiu uma diferença estatisticamente significante na 32ª semana de gravidez. O peso fetal foi menor entre as fumantes em todo o estudo, mas estatisticamente significante somente na 36ª semana. Conclusões: Não se evidenciou associação do tabagismo com a aceleração da maturação placentária. O tabagismo materno aumentou a impedância das artérias umbilicais na 32ª semana gestacional, mantendo as uterinas inalteradas. O vício de fumar apresentou associação negativa com o crescimento fetal potencial na 36ª semana de gravidez, possivelmente em decorrência das alterações vasculares no tecido placentário (calcificações), cuja incidência estatística ficou prejudicada pelo tamanho e característica da amostra estudada. |