Circulação venosa fetal em gestações gemelares monocoriônicas com insuficiência placentária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Liao, Tatiana Bernath
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-26092013-125029/
Resumo: Objetivo: A finalidade deste estudo foi avaliar o Doppler venoso em gestações gemelares monocoriônicas (MC) com insuficiência placentária e a relação do fluxo sanguíneo venoso com a acidemia no nascimento ou óbito fetal. Método: Estudo prospectivo que incluiu 18 gestações gemelares MC com insuficiência placentária. Os critérios de inclusão foram: gestação gemelar MC e diamniótica, dopplervelocimetria da artéria umbilical (AU) alterada, membranas integras e ausência de defeitos congênitos fetais. Casos que apresentassem a síndrome de transfusão feto- fetal foram excluídos. Os seguintes parâmetros de Doppler foram avaliados: índice de pulsatilidade (IP) da AU, índice de pulsatilidade para veias (IPV) do ducto venoso (DV), IP e velocidade sistólica máxima (Vmax) da artéria cerebral média (ACM), a média da velocidade máxima (TAMxV) da veia umbilical (VU) e a TAMxV da veia portal esquerda (VPE). Os parâmetros dopplervelocimétricos foram transformados em escore zeta (desvios padrão da média) ou múltiplos da mediana (MoM), de acordo com os valores de referência. Amostras de sangue do cordão umbilical foram obtidas imediatamente após o parto para a mensuração do pH da artéria umbilical no nascimento. Resultado: O pH < 7,20 ocorreu em nove recém nascidos (25%), pH< 7,15 em quatro (11,1%) e em quatro (11,1%) casos houve óbito intrauterino. Os escores zeta da TAMxV da VU e da VPE foram significativamente menores no grupo com pH < 7,2 ou óbito intrauterino (respectivamente: -1,79 vs. - 1,22, p=0,006; -2,26 vs. -1,13, p=0,04). Nos casos com pH< 7,15 ou óbito intrauterino a pulsação da VU foi mais frequente (50% vs. 10,7%, p=0,03) e a TAMxV da VU foi significativamente mais baixa (-1,89 vs. -1,26, p= 0,003). A análise de regressão logística demonstrou que o escore zeta da TAMxV da VU prediz significativamente acidemia com pH< 7,20 ou óbito intrauterino (p=0,019). O parâmetro de Doppler que prediz significativamente pH< 7,15 ou óbito intrauterino foi a pulsação da VU (p=0,023). Conclusão: Os parâmetros de Doppler da VU podem predizer a acidemia no nascimento ou o óbito fetal em gestações gemelares MC complicadas por insuficiência placentária