Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Ferraz, Ivan de Bruyn [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39331
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Resumo: |
Poucos fracassos, na história da música popular brasileira, parecem ter sido tão bem sucedidos quanto o de Itamar Assumpção. É à exploração desse paradoxo, vivido e encarnado pelo artista, em seus mais variados matizes, que esse trabalho se dedica. Sua recusa, ou mesmo impossibilidade em separar sua produção musical de sua experiência pessoal o levou a tomar atitudes que apontam na direção de um autoboicote. Mas essas mesmas atitudes, em suas declarações, eram justificadas como necessárias para o tipo de reconhecimento que tanto desejava. Como se, para manter o desejo do que entendia ser o sucesso vivo, fosse necessário afastar o sucesso nas condições em que ele era possível; como se essas condições do presente representassem a própria frustração do que julgava ser a “missão” de sua vida: o sucesso buscado por Itamar Assumpção teria que se dar dentro de uma “autenticidade” que simplesmente não mais existia. Em sua obra, uma demonstração explícita desse paradoxo que parece ter guiado sua vida: sua música parecia demonstrar que a “autenticidade” ou “pureza” que lhe serviam de ideal não eram mais possíveis, ao mesmo tempo em que as encarnava, justamente ao expor essa impossibilidade em toda sua ambiguidade. É essa espécie de coincidência entre experiência e modo de expressão, inserida e em confronto com o cenário cultural que lhe serviu de palco, barreira e matéria-prima, que constitui o objeto de nosso estudo. |