Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Martins, Maysa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63667
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Resumo: |
Ao longo de mais dos mais de cinquenta anos internado em instituições psiquiátricas, Arthur Bispo do Rosário construiu e costurou mais de 800 objetos com o intuito de estabelecer um elo entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos, entre as coisas existentes no mundo material e no mundo espiritual. A despeito da sacralidade atribuída por Bispo à sua própria existência, assim como da agência e da função sagrada que atribuía a todos os seus objetos, suas criações foram incorporadas ao universo institucional e à cronologia das artes modernas e contemporâneas ocidentais, passando assim a serem interpretadas através das lentes dos discursos da psiquiatria, do interesse da arte ocidental pelo inconsciente e pelo “primitivo”, ou ainda, em relação às experiências formais estéticas de artistas modernos europeus e americanos. Dessa maneira, ao demonstrar a colonialidade e o racismo implícitos neste encerramento de Bispo dentro das categorias do pensamento moderno-ocidental, essa dissertação se volta para as epistemologias africanas Bantu e Nagô, assim como seus desdobramentos nas religiosidades afro-brasileiras e no catolicismo negro no Brasil, em busca não apenas de continuidades africanas plásticas ou formais, mas de um deslocamento epistemológico, metafísico e temporal capaz de nos apontar em direção a outras possibilidades de apreensão das criações de Bispo do Rosário |