Biopolítica: a relação entre saber-poder e governo no pensamento de Michel Foucault

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Silva, Tania Côrrea da [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39342
Resumo: Esta pesquisa pretende demonstrar que ao abrir uma nova perspectiva para o entendimento sobre as relações de saber e de poder, Foucault também apresenta uma nova possibilidade de interpretação para as relações de governo. Ela percorre a linha traçada pelo filósofo sobre as relações saber-poder e processos de sujeição, por meio do qual se torna possível desenhar um panorama crítico sobre a constituição das sociedades modernas. Nela corroboramos que as análises de Foucault, especialmente as de cunho genealógico, visam demonstrar a formação de um processo biopolítico, descrito como a captura das características biológicas do homem pelas estratégias de saber-poder, o que se efetiva pela soma de dois momentos correlatos. Um primeiro momento em que se efetivam as relações de poder e que, por isso, tem um caráter microfísico e interpessoal. E, um segundo momento no qual essas relações microfísicas adquirem um caráter macrossocial, através da interação com uma racionalidade a qual o filósofo chamou de governamentalidade. Essa pesquisa tem ainda por objetivo mostrar que, a análise empreendida por Foucault tece uma crítica bastante contundente sobre como os dispositivos de poder se correlacionam aos processos de constituição de saber e que essa correlação é o que torna possível a ação de um governo. Por fim, investiga, na trilha do pensamento de Foucault, como os homens do Ocidente teriam se sujeitado ao governo de outros iguais e ainda como seria possível romper com esse tipo de relação.