Expressão de CD40 e CD40-L e produção de citocinas em pacientes com ataxiatelangiectasia
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2698418 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46281 |
Resumo: | A deficiência imunológica que acompanha os pacientes com ataxia telangiectasia (AT) é bastante variável e geralmente combinada. As alterações humorais mais comuns incluem redução no número de linfócitos B, nos níveis de IgG, IgA e IgE e ausência de resposta a antígenos proteicos e polissacarídeos. Além disso, aproximadamente 10% dos pacientes apresenta níveis elevados de IgM, sugerindo um defeito na recombinação (ou switch) de classe dos linfócitos B, assim como ocorre na síndrome de Hiper-IgM. Diante destas alterações, objetivamos pesquisar, em pacientes com AT, algumas etapas do complexo processo que culmina com a produção de Ig, como a expressão de CD40 nas células B e CD40L nos linfócitos T e a produção de citocinas envolvidas. Materiais e Métodos. Foi coletado sangue periférico de 18 pacientes atendidos na Disciplina de Imunologia da UNIFESP e de 8 controles pareados por gênero e idade. Logo após a coleta, 5 mL eram utilizados para imunofenotipagem de linfócitos. Os outros 10 mL eram centrifugados e separados em plasma e células mononucleares periféricas (PBMC) e, então, congelados. As células mononucleares, após descongelamento, eram divididas em 2 poços, um com acetato miristato forbol (PMA) e ionomicina para estimular as células a expressarem CD40-L. Após 3 horas de ativação, as células eram marcadas com anticorpos monoclonais conjugados a fluorescência e os eventos analisados no citômetro de fluxo. Após o descongelamento do plasma, foram dosadas as citocinas envolvidas na recombinação de classe (IL-6, IFN-y e TGF-beta), e a IgM e IgA séricas. Associação linear entre IgM e expressão de CD40 foi medida através da correlação de Pearson, enquanto a correlação de Spearman foi usada para relacionar IgA e TGF-beta. Análise estatística foi realizada com os programas SPSS 20.0 e STATA 12. Resultados. A expressão de CD40 nos pacientes foi significativamente menor que nos controles (AT= 69.9%; C= 87.4%; p<0.001). Para CD40L não se observou diferença. Em relação às citocinas, não houve diferenças de médias de IL-6 (p=0,487), IFN-y (p=0,922) e TGF-beta (p=0,053) entre os grupos caso e controle. Não foi observada correlação de Pearson (rP) significante entre CD40 e IgM tanto no grupo caso (rP = 0,243, p=0,332) como no grupo controle (rP = -0,216, p=0,607), nem correlação de Spearman (rS) significante entre TGF-beta e IgA no grupo caso (rS = 0,301, p=0,225) ou no grupo controle (rS = - 0,577, p=0,134). Discussão. O padrão de anticorpos encontrado nos pacientes indica um defeito no processo de recombinação de classe. Além disso, o nível de linfócitos B foi significativamente mais baixo nos pacientes que nos controles (p<0,001), assim como a expressão de CD40 (média casos= 69,9%; média controles= 87,4%; p<0,001). Sugerimos, portanto, que além de a deficiência da ATM causar defeito no reparo do DNA, parece haver um outro defeito que contribui para a inadequada produção de anticorpos e que seria expressão deficiente de CD40 pelos linfócitos B, característica dos pacientes com SHIgM do tipo 3. |