Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Moura, Izabella Lice [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/72280
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Resumo: |
Objetivo: Avaliar o efeito biológico dos peptídes Ac9-12 e Ac2-26 derivados da proteína anexina A1 (AnxA1) em modelos de inflamação in vitro e in vivo. Na primeira etapa do estudo exploramos os efeitos dos tratamentos farmacológicos utilizando o Ac2-26, o tetrapeptídeo Ac9-12 e pentapeptídeo WKYMV no modelo experimental de peritonite aguda induzida por carragenina em camundongos, bem como seus efeitos em macrófagos murinos ativados por lipopolissacarídeo (LPS). Na segunda etapa, avaliamos o padrão de expressão da AnxA1, dos receptores FPRs e NLRP3 em biópsias de intestinos afetados pela doença de Crohn (DC) e saudáveis, bem como o efeito do tratamento com o peptídeo Ac2-26 em células epiteliais estimuladas com TNFα. Métodos: A peritonite foi induzida em camundongos C57BL/6 machos por meio da injeção intraperitoneal de 1 mL de solução de carragenina a 3% ou solução salina (controle). Alguns animais receberam pré ou pós-tratamento com os peptídeos Ac9-12 e WKYMV, associados ou não com os antagonistas dos receptores para peptídeos formilados (FPRs) - Boc2 e WRW4. In vitro, o efeito dos peptídeos Ac2-26, Ac9-12 e WKYMV, associado ou não com os antagonistas Boc2 e WRW4, foi avaliado em macrófagos (linhagem RAW 264.7) ativados por LPS (1 µg/mL). Para o segundo estudo, a expressão dos RNAm e proteica da ANXA1, FPRs e inflamassoma NLRP3 foi avaliada por transcriptoma (GSE179285) e imuno-histoquímica de íleo e colo afetados pela DC e saudáveis. In vitro, o efeito da administração do peptídeo Ac2-26 (2 ng/mL, 25 ng/mL e 50 ng/mL) foi avaliado nas células epiteliais intestinais Caco-2 ativadas pelo TNF-α (100 ng/mL). Resultados: Os pré-tratamentos com Ac9-12 e WKYMV reduziram o influxo de leucócitos para a cavidade peritoneal, principalmente neutrófilos e monócitos, e a liberação de IL-1β. A adição do antagonista de Fpr2 WRW4 reverteu apenas as ações anti-inflamatórias do WKYMV. In vitro, a administração de Boc2 e WRW4 reverteu os efeitos de Ac9-12 e WKYMV, respectivamente, na produção de IL-6 por macrófagos estimulados por LPS. Esses efeitos biológicos dos peptídeos foram regulados de forma diferente pelas vias de sinalização ERK e p38. A análise lipidômica evidenciou que o Ac9-12 e o WKYMV alteraram o perfil lipídico intracelular de macrófagos estimulados por LPS, revelando um aumento na concentração de vários glicerofosfolipídios, sugerindo a regulação de vias inflamatórias desencadeadas por LPS. No segundo estudo, a análise do transcriptoma revelou níveis elevados dos transcritos de ANXA1, FPR1, FPR2 e NLRP3 em segmentos inflamados com DC em comparação aos controles. A imunohistoquímica confirmou esses achados, mostrando forte imunorreatividade para ANXA1, FPR2 e NLRP3 em amostras com DC, particularmente no epitélio intestinal e no infiltrado inflamatório. In vitro, a ANXA1 e o NLRP3 foram co-expressos em células Caco-2 estimuladas com TNF-α. O peptídeo Ac2-26 a 2 ng/mL, aumentou significativamente os níveis de caspase-1 e IL-1β, indicando uma maior ativação do inflamassoma NLRP3. O Ac2-26 também reduziu a produção de ROS e preservou a integridade epitelial ao aumentar a expressão de ocludina e caderina. Conclusão: Os peptídeos derivados da AnxA1, como Ac9-12 e Ac2-26, possuem propriedades antiinflamatórias promissoras, atuando em diferentes vias de sinalização e potencialmente oferecendo novas abordagens terapêuticas para doenças inflamatórias, como a peritonite aguda e a DC. |