A geriatria e gerontologia nos currículos formais das escolas médicas do Paraná

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Brasil, Vitor Jorge Woytuski [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23515
Resumo: Diante do fenômeno progressivo de envelhecimento populacional e das inúmeras recomendações internacionais e nacionais para a inclusão de Geriatria e Gerontologia nos cursos de graduação, como forma de preparar recursos humanos para um atendimento minimamente qualificado na atenção da população idosa, vislumbramos a construção desta tese, em que nos propusemos a conhecer como tem ocorrido o ensino de Geriatria e Gerontologia nas escolas de Medicina do Paraná; verificar se há uma organização específica para este ensino ou se ele vem sendo desenvolvido no contexto de outras especialidades e quais seriam os conteúdos privilegiados neste contexto; realizar a caracterização do perfil dos docentes responsáveis por este ensino. Para concretizar nossos propósitos, realizamos uma pesquisa descritiva e exploratória nas seis escolas médicas paranaenses, desenvolvida de forma combinada e predominantemente qualitativa, utilizando-se como sujeitos os coordenadores de curso e os docentes responsáveis por este ensino. Obtivemos a resposta de 100% das escolas, com resultados e discussão sistematizados através da análise de conteúdo, que são apresentados em três tópicos abordando, respectivamente: No primeiro, “A inserção da Geriatria e Gerontologia no currículo”, os coordenadores das seis escolas vislumbraram a necessidade da inserção desta temática no currículo formal, porém apenas 50% das escolas apresentaram em sua grade curricular uma proposta formal estabelecida. Nestes casos, estavam organizadas em módulos/disciplinas inseridas predominantemente no período intermediário do curso médico, e os seus conteúdos programáticos perpassaram as várias perspectivas relevantes aos aspectos gerontogeriátricos; No segundo, “Docentes responsáveis pelo ensino de Geriatria/Gerontologia nas escolas de medicina do Paraná”, a inserção acadêmica através da clinica médica foi predominante, verificando-se um tempo médio de seis anos de atividade docente especificamente na área de Geriatria e Gerontologia e todos possuem pós-graduação. Todos são professores efetivos e possuem dedicação parcial média de 20 horas/semanais, participando como docentes em outras disciplinas e cursos da área da saúde. Finalmente, avaliamos “As perspectivas futuras e sugestões de mudança do ensino da Geriatria na visão dos docentes”, evidenciando que todos os docentes afirmam a necessidade das escolas adaptarem-se ao processo de envelhecimento e suas conseqüências médicosociais. Para isso, enfatizam a utilização de ações verdadeiramente interdisciplinares que perpassem de forma longitudinal todos os anos do curso médico e integrem as demais especialidades. A utilização de cenários de aprendizagem diversificados como domicílio, clubes e instituições, além da preocupação para a capacitação e qualificação docente nesta área, são capacitados como pilares indispensáveis para o adequado atendimento desta população nas próximas décadas. Concluindo, esperamos que este estudo possa fomentar o alinhamento dos preceitos da atenção pública, delineada na busca da eqüidade na atenção da população em geral sugerida pelas normatizações vinculadas ao SUS e pelas Diretrizes Curriculares, indicando a necessidade de medidas de adequação nas estruturas curriculares dos cursos e incorporando, de maneira mais explícita, o preparo dos futuros médicos para a resolução da maioria dos problemas relacionados a pessoa idosa na nossa sociedade.