Influência da duração do contato pele a pele sobre o sono e parâmetros fisiológicos de recém-nascidos pré-termo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pinto, Claudia Machado Alves [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9918379
https://hdl.handle.net/11600/64417
Resumo: Introdução: A melhoria do padrão de sono-vigília e a estabilização dos sinais vitais de recém-nascidos pré-termo (RNPT) são benefícios relacionados ao contato pele a pele com sua mãe ou pai, apresentando impacto positivo no desenvolvimento, maturação e reparo cerebral, comportamental, cognitivo e motor do recém-nascido. No entanto, ainda não está claramente estabelecida a duração do contato pele a pele para que sejam alcançados os resutados positivos esperados durante a hospitalização e alta dos RNPT. Objetivo: Investigar a influência do tempo de duração do contato pele a pele sobre o sono e parâmetros fisiológicos de recém-nascidos pré-termo e as características maternas e neonatais que podem interferir na duração desse contato. Casuística e método: Estudo transversal, desenvolvido com recém-nascidos prétermo, com peso inferior a 2.000 gramas e aptos a realizarem o contato pele a pele (CPP) na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional de uma maternidade pública da Amazônia Ocidental Brasileira. A amostra por conveniência foi composta por 36 RNPT e 30 mães. A coleta de dados ocorreu no período de abril a outubro de 2018. Foram investigadas as variáveis sociodemográficas, reprodutivas e obstétricas maternas, biológicas e de vitalidade neonatal, as relacionadas ao contato pele a pele e seu tempo de duração, parâmetros fisiológicos e comportamentais. Os parâmetros fisiológicos dos recém-nascidos (RN) foram registrados antes, durante e após uma única sessão do contato pele a pele, e a temperatura da mãe registrada antes e após. As respostas comportamentais apresentadas pelos recém-nascidos durante o CPP foram filmadas em tempo real, e o estado predominante do comportamento foi registrado ao final de cada perído de 10 segundos de gravação. A diferenciação dos estados de sono-vigília dos RNPT foi realizada com base nas definições de um método de avaliação biocomportamental observacional aceito e classificado como sono, vigília e transição. Resultados: O contato pele a pele ocorreu por tempo mediano de 2,12 horas (1º quartil: 1,65; 3º quartil: 2,99), com recémnascidos entre 26 e 31 semanas de idade gestacional e peso entre 980 e 2.000 gramas ao nascimento. A maioria das mães (55,6%) permaneceu em CPP por mais de 2 horas. Identificouse diferenças estatisticamente significantes da frequência respiratória do RNPT e temperatura axilar materna entre os valores antes e depois do CPP e da frequência cardíaca neonatal antes do término do CPP (p⦤0,05). Com relação ao comportamento, a duração do CPP não influenciou significativamente o tempo de sono dos RNPT, mas foi possível observar que os RN que permaneceram por mais tempo em contato passaram mais tempo dormindo. Conclusão: nosso estudo não foi capaz de identificar efeito da duração do CPP sobre o sono nesta amostra de recém-nascidos pré-termos. O acompanhamento do estado comportamental por um período maior poderá fornecer percepções significativas. Quanto aos parâmetros fisiológicos, o CPP promoveu aumento da frequência respiratória neonatal e da temperatura axilar materna após o contato, e da frequência cardíaca dos RN ao final do contato.