Brasil 90: violência aos corpos nas imagens fotográficas em trabalhos de Rennó e Meireles.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gomes, Gabriel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62564
Resumo: Esta pesquisa analisa os trabalhos “Atentado ao Poder” de Rosângela Rennó (1992) e “Ética como estética/Estética como ética” de Cildo Meireles (1996). Destacam-se: a apropriação de imagens fotográficas oriundas da mídia impressa para a composição das obras; as análises feitas por críticos de arte sobre os trabalhos e as mais recentes edições dos trabalhos, alteradas para circularem em novos espaços. Por isso, consideramos os discursos atribuídos às fotografias, em atenção à prática dos artistas, que exploraram os sentidos e significados para além da visualidade, mobilizando o conceito de corpo das imagens proposto por Hans Belting e de espaços discursivos da fotografia de Rosalind Krauss. Argumenta-se que, por serem trabalhos que usam da imagem fotográfica, envolvem a memória dos referentes - chacinas ocorridas no estado do Rio de Janeiro - e por serem arte dos rastros e traços da história, guardam as marcas do tempo e da conjuntura. Hal Foster e Philippe Dubois também são apontados para pensarmos sobre as lacunas da abjeção e o corpo fantasmático que as imagens utilizadas pelos artistas demandam. O mesmo ocorre com a leitura do corpo trágico em referência à portabilidade da câmera fotográfica, como possível testemunho das opressões sociais. Examinamos com Georges Didi-Huberman suas considerações sobre o arquivo e a montagem. Nesta perspectiva, uma história do meio fotográfico sobre a industrialização da imagem e os vestígios da barbárie moderna em entendimento a Walter Benjamin, que encontrou na cidade a imagem do local do crime.