Questionário sobre índice de risco de doença de Alzheimer - 'Australian National University' (ANU-ADRI) : adaptação transcultural e estudo de validação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Borges, Marcus Kiiti [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5077065
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50105
Resumo: Objetivo: realizar a adaptação transcultural e validar a versão brasileira do ANU-ADRI (Índice de risco para Doença de Alzheimer da “Australian National University”). Métodos: Na primeira fase, foi realizado todo processo formal de adaptação transcultural do instrumento sendo elaborada uma versão pré-teste que foi aplicada numa amostra aleatória de 10 pacientes avaliados por 5 entrevistadores. Na segunda fase, foi selecionada uma amostra por conveniência de 112 indivíduos cognitivamente saudáveis. Os participantes eram todos maiores de 40anos. Eles foram submetidos ao questionário sócio-demográfico e clínico e foram rastreados com o uso do MEEM, sendo 12 indivíduos excluídos da pesquisa. A amostra final (n = 100) foi composta por dois grupos (A e B), cada um com 50 pacientes assistidos por clínicos gerais ou especialistas em demência. O ANU-ADRI foi aplicado na primeira semana (Teste) e até uma semana após o teste (Reteste). Resultados: A média de idade foi de 62,6 anos (DP ± 9,8). O coeficiente de correlação intraclasse (CCI) inter- e intra-examinadores foi de 0.954 (P < 0.001, IC95% = [0.932; 0.969]) e 0,912 (P < 0,001, IC95% = [0,872; 0,940]), respectivamente. Houve uma correlação entre as médias no Teste e Reteste do ANU-ADRI (r = 0,918, P < 0,001). Nós notamos que no grupo A, a percentagem de indivíduos com 12 anos ou mais de escolaridade foi menor que o grupo B (P < 0,05). O grupo A mostrou escores do ANU-ADRI maiores do que aqueles do grupo B (P < 0,05). O tamanho do efeito utilizando Cohen (d) foi de 0,469 (IC95% = [0,070; 0,865]). Houve uma relação linear moderada negativa entre os escores do ANU-ADRI e do MEEM (r = -0,353, P < 0,001). Conclusão: O ANU-ADRI é um instrumento válido e confiável para avaliar se os brasileiros que vivem na comunidade estão em maior risco de desenvolver a DA. Concluímos que baixos níveis de educação foram relacionados aos maiores escores do ANU-ADRI.