Estudo do uso de Algas do gênero Ulva lactuca como modelos de avaliação da toxicidade de irgarol 1051 em cenários de acidificação oceânica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sousa, Gabriela Tavares de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
pH
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/51989
Resumo: A acidificação dos oceanos (AO) causada pelo aumento das emissões de CO2 na atmosfera desde o período industrial é um dos estressores ambientais de maior preocupação na atualidade. Além disso, outro problema relacionado às atividades antrópicas é a contaminação de substâncias químicas perigosas como biocidas encontrados em tintas anti-incrustantes. Nesse contexto, o biocida irgarol 1051 é um potente inibidor do fotossistema II (PSII), e considerando suas propriedades físicoquímicas, possivelmente apresenta uma elevação de sua disponibilidade em meios acidificados para organismos vivos. Portanto, os organismos fotossintetizantes podem estar sujeitos a efeitos deletérios resultantes da exposição simultânea a esses fatores. Neste estudo, algas da espécie Ulva lactuca foram expostas a concentrações ambientalmente relevantes de Irgarol 1051 em associação como cenários de acidificação oceânica previstos no relatório do IPCC para até o ano de 2100. Com base nos resultados obtidos, foi observada uma redução da eficiência quântica resultantes provavelmente do bloqueio do transporte de elétrons da quinona A (QA) para a quinona B (QB), afetando o potencial quântico ótimo (Fv/Fm), o rendimento quântico efetivo (Y(II)) e o decaimento não fotoquímico (NPQ). Por outro lado, não foram observadas respostas oxidativas consistentes com os tratamentos experimentais, uma vez que os níveis de H2O2 e TBARS assim como a atividade da enzima catalase, nos meios de exposição não diferiram dos tratamentos controle. Apesar disso, cabe ressaltar que as respostas induzidas durante a execução do presente experimento ocorreram em concentrações ambientalmente relevantes de irgarol e em cenários previstos de acidificação, sugerindo que algas da espécie Ulva lactuca habitantes de área onde ocorrem simultaneamente essas alterações ambientais podem estar sob ameaça real.