Dieta funcional para juvenis de beijupirá: inclusão da alga marinha Ulva fasciata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dias, Giselle Eler Amorim lattes
Orientador(a): Oshiro, Lidia Miyako Yoshii lattes
Banca de defesa: Oshiro, Lidia Miyako Yoshii, Salles, Cristiane Martins Cardoso de, Nascimento, Aparecida Alves do, Rodrigo, Takata, Mello, Silvia Conceição Reis Pereira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Instituto de Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/10278
Resumo: Um dos maiores entraves para a produção de beijupirá (Rachycentron canadum) é a formulação de dietas, que venham atender às necessidades nutricionais da espécie em cativeiro. Em vista disso, a utilização de alimentos funcionais em dieta animal tem sido valorizada devido aos benefícios à saúde que esses alimentos podem promover. A macroalga Ulva fasciata possui atividades biológicas, como ação antioxidante e antiflamatória. Portanto, este estudo teve como objetivo incluir o farelo de Ulva fasciata como ingrediente funcional na dieta para a criação dessa espécie. Desta forma, contribuindo para o desenvolvimento de técnicas sustentáveis de produção de beijupirá, foi montada uma unidade de aquicultura multitrófica integrada em sistema de recirculação de água, tendo a U. fasciata como uma das etapas de filtração. Para a avaliação da eficiência da utilização da macroalga na dieta do peixe foram ofertadas dietas peletizadas isoproteicas, isolipídicas e isocalóricas com a inclusão do farelo de Ulva fasciata (0,00; 5,00; 10,00 e 15,00%) com três repetições por tratamento. Foram distribuídos 20 peixes em cada unidade experimental de 310 L. Para avaliar o desempenho aos 62 e 94 dias de experimento, os juvenis de beijupirá ficaram em jejum de 24 horas. Os parâmetros avaliados foram: consumo alimentar, peso final, ganho de peso, conversão alimentar, comprimento, índice de eficiência alimentar, índice de consumo alimentar, taxa de crescimento específico, taxa de eficiência proteica e fator de condição. As respostas aos valores crescentes do farelo de Ulva fasciata foram avaliadas por análise de regressão para os parâmetros de desempenho, e analisados por meio dos modelos de regressão quadrática, conforme o melhor ajustamento obtido para cada variável. Os resultados submetidos à análise de variância pelo teste de médias (Tukey) a 5% de probabilidade de erro foram para os seguintes parâmetros: peso corporal, peso de vísceras, peso de fígado, índice viscerossomático (IVS), índice hepatossomático (IHS), composição corporal de peixes eviscerados, atividades de catalase, glutationa S-transferase e medidas morfométricas do intestino delgado. O programa estatístico utilizado foi o SISVAR. Para os dois períodos avaliados, não houve diferença para consumo de ração. Nos demais parâmetros avaliados houve diferença significativa aos 62 e 94 dias de experimentação, sendo que para todos os parâmetros a melhor porcentagem de inclusão da macroalga foi 10%. Houve diferença estatística para peso de peixe aos 94 dias e peso de vísceras. Não havendo diferença para peso de fígado, IVS e IHS. Houve efeito significativo para atividade de catalase mitocondrial e citoplasmática do fígado aos 94. Houve diferenças significativas para composição corporal de juvenis de beijupirá eviscerados. A umidade, cinzas e proteína da composição corporal não diferiram entre os tratamentos. A porcentagem de lipídeos dos peixes que não receberam o farelo de U. fasciata foi significativamente menor do que dos peixes que receberam 10 e 15%. Não houve diferença para morfometria intestinal. A macroalga U. fasciata pode ser incluída em dietas para juvenis de beijupirá