Implementação de um programa de proteção radiológica no setor de hemodinâmica de um hospital universitário

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Barbosa, Patricia Lopes [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5062278
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50232
Resumo: A Cardiologia Intervencionista (CI) é uma das especialidades que proporciona as maiores doses de radiação a pacientes e profissionais. Devido à complexidade dos procedimentos e riscos associados às altas doses, é essencial que o serviço de CI tenha um programa ativo de proteção radiológica, com treinamento continuado, controle de qualidade dos equipamentos e monitoramento das doses efetivas dos profissionais e dos pacientes expostos aos raios X. Objetivo: Este estudo teve como objetivo criar ferramentas que possibilitassem melhorias na aplicação das normas de proteção radiológica em um setor de hemodinâmica. Método: O estudo foi realizado no setor de CI - Hospital Universitário da Unifesp no período de 2012 a 2017. Foi registrada a frequência de uso dos dispositivos de radioproteção por médicos e equipe de enfermagem e foram sugeridas ações que contribuíram para a otimização da proteção radiológica: elaboração de um programa de treinamento; criação de um Comitê Setorial de Proteção Radiológica (CSPR) e implantação do sistema de notificação e monitoramento de procedimentos que geram altas doses de radiação. Resultados: Foram acompanhados 183 procedimentos nos meses de março, maio e agosto de 2013, entre cateterismos diagnósticos (71% do total), angioplastias ad hoc (18%) e angioplastias eletivas (11%), nos quais todos os dispositivos de proteção coletiva instalados foram utilizados pelos médicos. Aventais de chumbo e protetores de tireóide foram utilizados pelas duas equipes. Houve aumento no uso dos dosímetros por todos os profissionais: médicos usaram o dosímetro em 50% dos procedimentos e a enfermagem em 95%. Ocorreu aumento no uso dos óculos plumbíferos pelos médicos. O programa de treinamento teve a participação das duas equipes e diversas reuniões do CSPR foram realizadas. Por meio do sistema de notificação e acompanhamento de pacientes, foi possível registrar 54 procedimentos geradores de altas doses em 2014 (2,02% do total de 2.662), 73 casos em 2015 (2,59% do total de 2.808) e 101 procedimentos (3,7% de 2.721) em 2016. Nenhum paciente apresentou alteração cutânea decorrente de lesão por radiação. Conclusão: A frequência de uso de dispositivos e meios de proteção à radiação pela equipe de médicos e enfermagem no setor de hemodinâmica aumentou após a implantação do programa de treinamento e capacitação e da criação do CSPR.