RUÍNAS URBANAS, MEMÓRIA E REPARAÇÃO: Rastros da arquitetura e vida em territórios em desmanche, o caso do Edifício São Vito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Duarte, Nicolie
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62277
Resumo: O objetivo desta pesquisa é analisar de forma crítica a trajetória social e arquitetônica da ruína “em vida”, ou arruinamento urbano e de como instituições políticas e culturais lidam com o acontecimento. A partir da narrativa a contrapelo da história do edifício São Vito, evidenciar a história dos rejeitados, do massacre diário da população marginalizada, do descaso e do estado de exceção. Identificar a imaterialidade do arruinamento na imaterialidade da ruína demolida, representada pelo Edifício São Vito e Mercúrio e pela trajetória de seus moradores. Esvaziamento, desapropriação, estigmatização, interesses econômicos e políticos, promessas não cumpridas, violência gratuita e preconceito marcaram a história do edifício ruína e seus moradores. Para além dos registros históricos e artísticos da história a contrapelo que encontram na memória plasticidade de narrativas, interessa-nos entender através de quais meios e porque essas histórias devem ser contadas. Qual o intuito da visibilidade das contranarrativas? Ao sublinhar as camadas obscuras inerentes aos processos perversos de poder, aos processos de progresso higienista, temos o compromisso de narrar a história de forma não romântica. O compromisso inicial e contínuo desta pesquisa: ver a ruína dentro de uma abordagem não romântica, mas sim pensada como matéria em movimento e história do tempo em ação.