Da agente de desenvolvimento infantil à professora de creche: estudo sobre uma trajetória profissional a partir da categoria gênero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Djenane Martins [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9291
Resumo: O objeto de investigação da pesquisa é conhecer a trajetória profissional das professoras de creche da rede pública municipal de Guarulhos/SP, as Agentes de Desenvolvimento Infantil. Tal conhecimento é buscado com a adoção de gênero como categoria de analise histórica, partindo das diferentes nomenclaturas utilizadas para a função ao longo dos anos. As atividades profissionais das mulheres nas creches são tradicionalmente desvalorizadas, em grande parte por estarem ligadas às características atribuídas ao feminino. Relacionando-se a essa desvalorização, há, por um lado, a mobilização das profissionais de creche e sua busca para qualificar as práticas cotidianas no interior da instituição e, por outro lado, a continuidade da naturalização dos papéis femininos adquire estatuto docente. Tal situação oferece oportunidade para que se verifique o papel da formação em serviço, com abordagem de gênero, nas práticas educativas realizadas no interior da creche. Os procedimentos de pesquisa adotados foram a análise dos questionários respondidos pelas ADI / PEI, a observação participante e a análise dos documentos oficiais sobre a formação destas educadoras no município de Guarulhos, como apontado por Thiollent (2007). Uma vez que as práticas na creche estiveram por muito tempo dissociadas das questões pedagógicas, o atual momento parece conter uma contradição que somente o exame da questão poderá responder: é possível aliar as práticas educativas destas profissionais, construídas socialmente, com suas trajetórias profissionais individuais e de classe, proporcionando uma nova compreensão a respeito do cotidiano das creches e da ormação de suas professoras? Os resultados da pesquisa apontam para a necessidade da produção acadêmica e dos cursos de formação docente considerar, com maior ênfase do que têm ocorrido, aspectos relacionados às assimetrias apresentadas nas relações 9 escolares, sobretudo acerca dos valores hierarquizados que se atribuem ao masculino e feminino.