Análise da neuroproteção em ratos suplementados com óleo de peixe durante o desenvolvimento após status epilepticus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Tobias, Manaira Giraudon Monteiro [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2772541
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48432
Resumo: O sistema nervoso é responsável pela organização e coordenação do organismo, necessitando de conexões precisas entre os diversos tipos de células nervosas. Inputs e outputs dependem da conectividade sináptica da rede neuronal e das propriedades individuais das sinapses, estando associadas à atuação de moléculas de adesão facilitadoras do processo. O cérebro em desenvolvimento é altamente excitável e susceptível às crises convulsivas por estar em um período de crescimento de axônios e dendritos, formação das sinapses e maturação das redes corticais, dependentes da idade. O Status epilepticus (SE) caracteriza-se como uma condição aguda de convulsões repetitivas e/ou prolongadas. Afim de mimetizar a condição humana, o SE pode ser induzido pelo modelo experimental de injeção de cloridrato de pilocarpina. Em animais aos 9 dias após o nascimento (P9), o SE como um insulto único pode acarretar consequências deletérias como aumento/diminuição da expressão protéica dos transportadores gabaérgicos, glutamatérgicos, cotransportadores de membrana e moléculas de adesão sináptica, que em última instância, pode conduzir à um prejuízo na funcionalidade cerebral. Frente à alta refratariedade ao tratamento farmacológico apresentada pelos pacientes com epilepsia, faz-se necessário a busca de tratamentos alternativos para lhes garantir melhores condições de vida. Evidências experimentais apontam a importância dos ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs) no desenvolvimento normal do cérebro, manutenção de sua função e prevenção de algumas doenças neurológicas crônicas. Resultados prévios obtidos em nosso laboratório demonstraram que o tratamento com óleo de peixe com início logo após o SE, apresentou efeitos neuroprotetores e neuroplásticos. No intuito de avaliar a expressão protéica nas idades P3, P10, P17 e P60 de GABAT1, EAAT2, NKCC1, KCC2, PSD95, Neuroligina 2 e Neurologina 1 em animais submetidos ao SE neonatal em P9, foram formados 4 grupos experimentais: Grupo Pilo óleo de peixe (PO); Grupo Pilo Veículo (PV); Grupo Controle óleo de peixe (CO) e Grupo Controle Veículo (CV). Nossos resultados mostram que houve diminuição da expressão protéica no grupo experimental (SE) apenas em P10 para as proteínas NKCC1, EAAT2 e Neuroligina 2. Assim, afirmamos que o SE em fase precoce da vida tem relevante impacto na circuitaria excitatória/inibitória. Para as demais análises realizadas não verificamos diferenças significantes nem na comparação em relação ao tratamento proposto. Entretanto não podemos descartar que a suplementação com óleo de peixe exerça efeito relevante sobre o neurodesenvolvimento ou sobre as resposta adaptativas ao longo da vida.