Avaliação entre a correlação da ruptura da malformação arteriovenosa cerebral e a ressonância magnética com estudo de parede de vaso com black blood

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Campos Filho, José Maria de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/65473
Resumo: As malformações arteriovenosas cerebrais (MAVs) são um emaranhado de artérias e veias, sem interposição de capilares e sem a presença de tecido funcional em seu interior, que apresentam grande risco de hemorragia e consequentemente morbidade e mortalidade em adultos jovens e dessa forma, representando um desafio diagnóstico e terapêutico. Um dos principais desafios em relação as MAVs é diagnósticá-las antes que se rompam, e dessa forma, podendo se obter melhores resultados no tratamento. Diante disso, a ressonância magnética (RM) com estudo de parede de vasos com black blood (EPVbb) tem se mostrado uma técnica promissora para análise e entendimento dessa patogênese. O RM com EPVbb é um método útil para identificar processos inflamatórios que ocorrem nos vasos sanguíneos e que seriam indicativos de um possível rompimento das MAVs. Sendo assim, essa Tese tem como objetivo identificar o risco de ruptura de MAVs por meio da ressonância magnética com estudo de parede de vasos com black blood. Para isso, utilizamos 54 pacientes com MAV rota e não rota no qual avaliamos os exames de ressonância magnética de encéfalo com aquisição do estudo de parede de vasos com black blood. Como resultados, verificamos que não houve diferença significante no EPVbb de pacientes com MAV rota (26,7%) em relação aos pacientes aos com MAV não rota e que apresentaram realce positivo para o EPVbb (25,6%). Do mesmo modo, não houve diferença entre pacientes com MAV rota que apresentaram realce negativo para EPVbb (73,3%) em relação aos pacientes com MAV não rota que apresentaram realce negativo para EPVbb (74,4%). Finalmente, o teste exato de Fischer indicou que não houve associação entre as MAVs (rota ou não rota) e o fato de apresentar ou não realce positivo para EPVbb (X2(1) = 0,006; p = 1,0). Tomados em conjunto, os presentes achados fornecem evidências de que não há relação entre a positividade do EPVbb com o sangramento das malformações arteriovenosas cerebrais.