Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST sem lesões obstrutivas em pacientes submetidos à estratégia fármaco invasiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Nancassa, Vladimir Ailton Cuma [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/63654
Resumo: Racional: O infarto agudo do miocárdio sem obstrução da artéria coronária culpada (MINOCA) é incomum no cenário da síndrome coronária aguda com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). A mortalidade hospitalar, a prevalência, assim como as características demográficas, clínicas e angiográficas de pacientes com MINOCA foram comparados aqueles com IAMCSST com lesões graves (IAMCSST clássico) submetidos à estratégia fármaco-invasiva (EFI). Métodos: Foram incluídos um total de 1.875 pacientes com IAMCSST submetidos à EFI com tenecteplase (TNK). MINOCA foi definido como estenose coronariana ≤ 50% pela angiografia associada ao quarto critério universal de diagnóstico de infarto do miocárdio. Resultados: A prevalência de MINOCA foi de 3,90%. Os pacientes com MINOCA eram mais jovens do que os pacientes com IAMCSST clássico (51,6 ± 13,1 vs. 58,1 ± 11,2, p <0,001), e proporcionalmente tinham mais homens (80,8% MINOCA vs. 69,2% IAMCSST clássico, p = 0,046). Os pacientes com MINOCA tiveram taxas mais baixas de diabetes e história prévia de IAM em comparação com os pacientes com IAMCSST clássico (11% vs. 29,9%, p = 0,001 e 1,4% vs. 9,8%, p = 0,027), bem como uma taxa maior de uso de drogas ilícitas (9,6 %% vs. 3,7%, p = 0,024). Os pacientes com MINOCA tiveram menor escores de CRUSADE (19,6 ± 123,1 vs. 25,7 ± 14,4, p = 0,001), GRACE (121,1 ± 48,0 vs. 143,2 ± 39,0, p <0,001) e TIMI Risk (3,2 ± 2,5 vs. 3,93 ± 5,9, p = 0,037). Não houve diferença significativa na mortalidade intra-hospitalar (1,4% vs. 5,0%, p = 0,256). Houve maior associação de MINOCA em usuários de drogas (9,6% vs. 3,7%, p = 0,024). Conclusão: Pacientes com MINOCA submetidos à EFI são mais jovens e usam drogas ilícitas com maior frequência. Não houve diferença estatisticamente significante na mortalidade intrahospitalar entre os grupos.