Impacto da hiperglicemia de estresse e parâmetros cardiometabólicos na mortalidade hospitalar de pacientes com infarto sob estratégia fármaco-invasiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pimpinato, Attilio Galhardo [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71047
Resumo: Fundamento: As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em todo o mundo, sendo o infarto do miocárdio (IM) um evento crítico. Apesar dos avanços no tratamento, o papel da hiperglicemia de estresse em pacientes submetidos a estratégias fármaco-invasivas para IM permanece pouco compreendido. Objetivos: Este estudo avalia o impacto da hiperglicemia de estresse nos desfechos clínicos pós-IM. A análise estatística dos dados coletados revelou que a hiperglicemia de estresse é um preditor significativo de mortalidade. Os não sobreviventes apresentaram níveis significativamente mais altos de glicose na admissão (média de 173 mg/dL) em comparação com os sobreviventes (média de 122 mg/dL), com um valor de p de 1,064e-11. A razão de glicose na admissão também se destacou como um marcador prognóstico significativo (valor de p de 1,236e-10), enfatizando o aumento do risco em pacientes não diabéticos com hiperglicemia de estresse. Além disso, idade, fração de ejeção do ventrículo esquerdo, estratégia fármaco-invasiva, fenômeno de não reperfusão e a ocorrência de acidente vascular cerebral isquêmico e hemorrágico foram variáveis significativas nos modelos de regressão logística. O modelo demonstra uma alta capacidade de discriminação com uma AUC de 0.900, exibindo uma sensibilidade de 88,0% e especificidade de 79,8%. Esses achados sublinham a necessidade de manejo clínico que considere a hiperglicemia de estresse como um marcador prognóstico crítico em pacientes com IM e destacam a importância de abordar os vários fatores de risco identificados para melhorar os desfechos clínicos. As evidências robustas fornecidas contribuem para uma melhor compreensão da complexa interação entre hiperglicemia de estresse e mortalidade, e apoiam o desenvolvimento de protocolos clínicos mais eficazes para pacientes submetidos a estratégias fármaco-invasivas pós-IM.