Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Brandão, Larissa Silva [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/71801
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Resumo: |
Introdução: A urticaria crônica (UC) é uma doença de pele autoimune debilitante com exacerbações recorrentes e seu impacto na vida dos pacientes brasileiros pode ser subestimado. Objetivo: Determinar o impacto da urticária crônica na vida dos pacientes brasileiros, incluindo percepções sobre a doença e seu tratamento, fatores de atraso no diagnóstico, dificuldades no tratamento e manutenção do seguimento. Métodos: Estudo transversal e observacional, realizado através da aplicação de um questionário online em pacientes brasileiros com UC, recrutados por publicidade em redes sociais. Os dados foram coletados por um período de 18 meses e incluídos 388 participantes com diagnóstico médico de UC e idade a partir de 12 anos. Resultados: A maioria (93%) era do sexo feminino, entre 18 e 40 anos (61,3%), e da região Sudeste do Brasil (56,2%). A UC Espontânea (UCE) foi predominante (66,5%), isolada ou associada à UC Induzida (26,5%), com 49% apresentando angioedema. O tempo para diagnóstico foi de até um ano para 62,9%, a maioria visitou de 3 a 5 médicos, e o Nordeste apresentou maior tempo quando comparado com Sudeste e Sul (p = 0,035 e p= 0,011). A idade no diagnóstico foi entre 18 e 39 anos para 64,9%. A duração da UC foi de seis meses a um ano em 43,8% e um a cinco anos em 38,4%. Comorbidades frequentes foram ansiedade (41,8%) e rinite alérgica (35,9%). A maioria se sentia extremamente prejudicada nas atividades diárias e relações interpessoais, sendo pior naqueles que tinham angioedema. Dificuldades de acesso a serviços especializados foram relatadas por 30,9% dos pacientes, sendo mais prevalentes no Nordeste e Centro-Oeste (p<0,001 e p=007). As informações mais comuns orientadas por médicos como causa da UC foram: alimentos (53,4%), estresse ou ansiedade (45,9%), produtos de limpeza ou de higiene pessoal (38,9%) e medicamentos (31,7%). A maioria (86,3%) usava algum medicamento para UC, porém 38,1% não estavam em seguimento médico e 71,6% estavam descontrolados pelo Teste de Controle da Urticária. Conclusão: Assim como em outros países, a UC no Brasil afeta mais mulheres jovens e determina impacto significativo na vida dos pacientes. Porém, ainda há desafios a serem superados na jornada do diagnóstico e tratamento devido à dificuldade de acesso a serviços especializados e desinformação sobre a doença. |