Revisões sistemáticas e meta-análises sobre o efeito da privação de sono na ansiedade em humanos e roedores
Ano de defesa: | 2015 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2539704 http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47815 |
Resumo: | Introdução: Aumento nos sintomas de ansiedade têm sido relatado como uma das consequências mais comuns da privação de sono. Estudos clínicos parecem ser unânimes em apresentar uma condição de ansiogênese como resultado da falta de sono. Consequentemente, diversos estudos são conduzidos em modelos animais de ansiedade, porém os resultados são internamente inconsistentes e não replicam os dados observados em humanos. Adicionalmente, nota-se que os efeitos da privação de sono sobre a ansiedade nunca foram sistematicamente revisados, tanto em humanos quanto em animais. Objetivos: Para abordar o presente problema translacional, propôs-se conduzir revisões sistemáticas e meta-análises em ambos os contextos. Métodos: Pesquisas bibliográficas foram conduzidas nas bases de dados Pubmed/Medline e Scopus. Para cada artigo selecionado foi calculado o tamanho de efeito por meio do método G de Hedge e o tamanho de efeito global foi medido pelo método de efeitos randômicos de Dersimonian e Laird. Heterogeneidade foi medida por meio do teste Q de Cochran e do índice I2. Resultados foram tomados como significativos quando o intervalo de confiança do tamanho de efeito a 95% era inteiramente maior ou menor que zero, associado a um p<0,05. Resultados: Ao total, 756 artigos foram selecionados em primeira instância, gerando uma amostra final de 18 artigos e 34 experimentos para a meta-análise em pesquisa clínica e de 50 artigos e 81 experimentos para a meta-análise em pesquisa com animais de experimentação. Na meta-análise de estudos em seres humanos, observou-se ansiogênese como resultado da privação de sonos na maior das análises feitas [0,39 (0,67; 0,11); I2: 0,72; p<0,01], condição replicada em boa parte das análises estratificadas. Em contrapartida, os dados em animais demonstraram o surgimento de uma condição de ansiólise [-0,78 (-1,18; -0,38); I2=0,90; p<0,01], oposta ao observado em seres humanos, fato corroborado na grande maioria das análises estratificadas. Conclusão: Estes resultados evidenciam a falta de replicabilidade entre estes dois âmbitos de pesquisa e a incapacidade dos atuais modelos de avaliação de ansiedade em pesquisa básica de reproduzir os achados encontrados em seres humanos. |