Impacto da fisioterapia em grupo na qualidade de vida de pacientes por acidente vascular cerebral isquêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Fontes, Sissy Veloso [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/18858
Resumo: O acidente vascular cerebral (AVC) e a doenca que mais incapacita no mundo, influenciando desfavoravelmente a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. Sendo assim, a fisioterapia deve estar inserida no processo de recuperacao destes podendo ser ministrada em grupo. Objetivos: averiguar e comparar os efeitos da fisioterapia em grupo sobre a qualidade de vida relacionada a Saúde e sobre as atividades de vida diaria de pacientes hemipareticos por AVC isquemico, na fase subaguda da doenca, com os pacientes que receberam fisioterapia individualizada. Metodos: O tipo de estudo ensaio clinico quase-aleatoria foi o utilizado. Foram incluidos os pacientes atendidos no Servico de Fisioterapia dos ambulatorios do Setor de Doencas Neurovasculares da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina, no periodo de janeiro de 2001 a dezembro de 2003 com idade superior a 21 anos, hemiparesia por acidente vascular cerebral isquemico no territorio da arteria cerebral media apos a alta hospitalar, instalacao do AVC no maximo a 30 dias, ter familiar ou cuidador como acompanhante nas sessoes de fisioterapia e concordasse e assinasse o termo de consentimento livre e esclarecido para participar do estudo. Os pacientes foram alocados sequencialmente de 2 para 1 no grupo de estudo (que receberiam fisioterapia em grupo) ou no grupo controle (que receberia fisioterapia individualizada) respectivamente e depois foram pareados de acordo com o escore do indice de Barthel inicial menor do que 85 pontos para analise comparativa entre os grupos. O indice de Barthel (BI) e a Escala de Impacto do AVC (SIS) foram aplicados antes e apos a intervencao fisioterapeutica. A intervencao foi semelhante tanto para os dois grupos, foi ministrada pelo mesmo fisioterapeuta em 24 sessoes, semanais (em semanas consecutivas), em sessoes de 60 minutos cada e utilizou-se da cinesioterapia uncional. Resultados: Participaram do estudo 157 pacientes com uma perda de apenas 8%, sendo incluídos 145 pacientes (88 no grupo de estudo e 57 no grupo controle) que melhoraram significantemente em todos as variáveis da avaliação com o BI e com a SIS. Foram pareados um total de 56 pacientes (16 do grupo de estudo e 40 do grupo controle) e os resultados comparativos não mostraram diferença significante na melhora do BI e da SIS entre os grupos, exceto na dimensão mobilidade da SIS que os pacientes do grupo controle perceberam melhor recuperação. Conclusão: A fisioterapia em grupo para pacientes hemiparéticos por AVCI, na fase subaguda da doença melhorou à qualidade de vida relacionada à saúde avaliada com a SIS, sob a percepção do próprio paciente e melhorou as AVD sob a avaliação do fisioterapeuta.O impacto da fisioterapia em grupo para pacientes com AVCI, na fase subaguda foi semelhante ao da fisioterapia individual, exceto no quesito mobilidade, que segundo a perspectiva do paciente foi melhor desenvolvido pela fisioterapia individualizada. A fisioterapia em grupo pode ser considerada uma estratégia terapêutica vantajosa para serviços de fisioterapia com grande demanda e ou programas fisioterapêuticas que pretendam abordar aspectos relacionados à qualidade de vida de pacientes com AVC, além do quesito físico.