Efeitos da tela de polipropileno, implantada por inguinotomia, no funículo espermático, epidídimo e testículo de cães

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Paula, Joaquim Ferreira de [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/20479
Resumo: Com o objetivo de investigar os efeitos produzidos pela prótese de polipropileno, implantada na parede posterior do canal inguinal, 14 cães, adultos e sem raça definida, pesando entre 12 e 23 Kg, foram igualmente distribuídos em dois grupos de 07 e submetidos a inguinotomia bilateral, porém com colocação de prótese em somente um dos lados (grupo A = tela à esquerda; grupo B = tela à direita). A região contra-lateral com o mesmo tipo de dissecção e sem a colocação da prótese, serviu para comparação. Após 60 dias os animais foram reoperados pela mesma via de acesso, sendo realizada uma avaliação macroscópica bilateral concomitante, seguida da retirada dos funículos espermáticos, epidídimos e testículos para estudo histopatológico. Por meio de microscopia óptica estudou-se a presença de reação inflamatória agudo/crônica no 1/3 proximal do funículo espermático, no corpo do epidídimo e testículo. Nestas mesmas localizações mediu-se, respectivamente, os diâmetros da luz do ducto deferente, ducto do epidídimo e túbulo seminífero. Realizouse a análise morfológica quantitativa dos espermatozóides no epidídimo, e no testículo, das células intersticiais e espermatogênicas. Outros quatro animais, sem qualquer tipo de manipulação cirúrgica prévia, serviram como controle (grupo C). Macroscopicamente havia aderências acentuadas entre a tela e a parede posterior do canal inguinal, e moderada entre o funículo espermático e a tela. Nenhuma aderência foi observada no lado contra-lateral (sem tela), assim como no grupo controle. Ainda no lado com tela, três cães apresentaram uma congestão leve do plexo pampiniforme, sendo que um deles também apresentou uma hidrocele. Microscopicamente, no lado xx que foi implantada a tela, além de uma reação inflamatória do tipo corpo estranho, observou-se também uma reação inflamatória crônica no funículo espermático e ducto deferente em todos os animais. No lado contra-lateral havia uma reação inflamatória crônica em menor grau que do lado com tela em 86% dos funículos espermáticos e em 36% dos ductos deferentes. Três cães apresentaram uma reação inflamatória crônica no epidídimo do lado com tela, sendo que um deles também o apresentou do lado sem tela. Destes três cães, dois apresentaram uma redução dos espermatozóides no epidídimo, sendo que um deles também apresentou uma reação inflamatória crônica focal interessando a face interna da albugínea e um outro, redução acentuada da espermatogênese. No grupo controle um cão apresentou uma reação inflamatória crônica focal e um outro, um micro-abscesso no epidídimo. O cão que apresentou a reação inflamatória crônica focal no epidídimo também apresentou redução dos espermatozóides em ambos os lados. Os diâmetros médios da luz do ducto deferente, do ducto do epidídimo e do túbulo seminífero, do lado com prótese, sem prótese e grupo controle foram, respectivamente, 0,31-0,36-0,37 mm, 0,14-0,15-0,16 mm e 77- 76-78 µ. As conclusões são de que a tela provoca uma maior reação inflamatória no funículo espermático e uma redução na luz do ducto deferente de forma significante, bem como redução acentuada da espermatogênese numa minoria dos animais.