Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Meira, Juliana de Andrade [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/67024
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Resumo: |
Circunscrito na área da Sociologia da Ciência e Tecnologia, o presente trabalho analisa o processo de institucionalização da agroecologia no Brasil e volta-se para uma noção que, tendo emergido nos últimos anos demonstra ter se tornado um gancho para abordar o modo como a agroecologia, apresenta novas configurações disciplinares, relacionadas a uma perspectiva diferente sobre a relação entre ciência, política e sociedade, e a novas possibilidades de legitimação social. Trata-se da noção de Indissociabilidade entre ciência, movimento e prática. Para tanto são observados: I. Os discursos dos principais autores da agroecologia no mundo, que permanecem como os mais citados; II. A relação de continuidade da agroecologia em relação a emergência dos movimentos ambientais e da ambientalização dos movimentos sociais, dando especial atenção para a construção social dos riscos da atividade da ciência agrícola; III. O mapeamento de atores sociais, como se apresentam e se articulam social e politicamente e IV. Panorama da produção científica em e sobre agroecologia em duas importantes bases de catalogação de trabalhos acadêmico-científicos. A observação das dinâmicas agroecológicas é realizada a partir de contribuições dos Estudos Sociais em Ciência e Tecnologia, em especial o conceito de co-produção em Forsyth e Jasanoff, no modo como ele é trabalhado em relação ao ativismo ambiental. E a partir disso são ensaiadas possibilidades de se pensar as indissociabilidades presentes na agroecologia observando o trânsito entre dispositivos cognitivos conceituais entre dimensões mais científicas e mais políticas e sociais. As conclusões giram em torno de algumas hipóteses, uma delas compreende a agroecologia científica a partir de sua multiplicidade de meios de conexão com a sociedade, dentre elas a constituição de alguns dos programas de pós-graduação apresentados, no modo como se abrem para pensar as contradições da atividade agrícola moderna e contemporânea a partir da inter e da transdisciplinaridade. Podendo ser tomados como “centros de reflexividade”, legitimados pelo modo como apontam respostas para problemas socioambientais complexos. |