Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Santiago, Kelly Aline de Souza [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39420
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O câncer pediátrico representa entre 0,5 - 3% dos tumores. As infecções por VRE, nesta população, representam um risco potencial, relacionado a altas taxas de morbi-mortalidade especialmente na aquisição de VRE-EFM, devido ao seu maior poder de virulência e resistência. Embora a relação colonização versus infecção seja relativamente baixa, a probabilidade do paciente oncológico desenvolver infecção pela cepa colonizante é considerável. OBJETIVOS: Devido à alta incidência de VRE isolados em pacientes do IOP, entre Janeiro a Agosto/08, foram adotadas ações emergenciais, com a finalidade de rastrear os isolados de VRE e conter a sua disseminação na instituição. O presente estudo teve como objetivo analisar epidemiologicamente os isolados de VRE no IOP no período de Janeiro/08 a Março/09. MATERIAL E MÉTODOS: No estudo retrospectivo foi realizado levantamento de dados, seguidos de análises fenotípicas e genotípicas de amostras de enterococos durante os oito primeiros meses de 2008, com a finalidade de verificar a incidência de pacientes colonizados e/ou infectados por VRE. Os dados do estudo prospectivo foram avaliados de acordo com quatro sucessivas etapas de culturas de vigilância de swab anal realizadas em todos os pacientes internados no IOP em um determinado dia, entre Outubro/08 a Março/09. Foram utilizados meios de cultura de triagem e realizada caracterização fenotípica e molecular dos VRE, assim como PFGE dos VRE-EFM. RESULTADOS: Verificou-se grande incidência de VRE (colonizados e infectados) no IOP (70,8%). Todos os casos foram de E. faecium, sendo 23,5% provenientes de ICS relacionada a CVC. O maior índice de isolados de VRE-EFM foi verificado em julho (n=8), sendo três casos de infecção. No estudo prospectivo, as sucessivas coletas de culturas de vigilância somadas às medidas de controle adotadas no IOP mostraram uma redução significativa no índice de VRE-EFM, caindo de 36% (Outubro/08) para 0% (Março/09). De acordo com o PFGE, houve a prevalência de dois clones A e B, totalizando 27 dos 35 isolados de VRE-EFM analisados, localizados, principalmente, no sétimo andar (12 casos). Acredita-se que este andar foi o principal responsável pela disseminação deste patógeno no IOP. CONCLUSÃO: O modelo prospectivo utilizado neste estudo, somado as estratégias de controle coordenadas pela CCIH do IOP, apresentou impacto positivo no controle da disseminação de VRE, uma vez que verificou-se uma drástica redução no número de casos. Sendo assim, o presente estudo pode servir como modelo epidemiológico para as CCIH de outras instituições no controle da disseminação de VRE no ambiente hospitalar. |