Pesquisa da doença de alfa manosidose como diagnóstico diferencial para mucopolissaridoses dos tipos I, II e VI na população brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Marins, Maryana Mara [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5064559
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50529
Resumo: Objetivo: Pesquisar a doença de alfa manosidose em indivíduos com suspeita clínica de mucopolissacaridose (MPS) dos tipos I, " e VI sem diagnóstico confirmado. Métodos: Foram selecionadas 50 amostras de indivíduos brasileiros com suspeita clínica de MPS I, " e/ou VI cujo os resultados bioquímicos e/ou moleculares não determinaram diagnóstico para MPS. Essas amostras foram submetidas à analise molecular através de sequenciamento do gene MAN2B1, pela técnica de Sanger e análise bioquímica por meio de dosagem de atividade enzimática da alfa manosidase por ensaio fluorimétrico. Resultados: Foram padronizadas as análises molecular e bioquímica para doença de Alfa Manosidose. Foi realizado o sequenciamento de 50 amostras. Foram identificadas 35 variantes no total, sendo: 22 em regiões não codificantes e 13 variantes exônicas. Todas essas variantes foram analisadas in si/ico, sendo consideradas: 1 potencialmente patogênica, 23 provavelmente neutras e 10 de efeito desconhecido. Um indivíduo apresentou a mutação p.S899* em homozigose que gera um "stop codon" prematuro resultando em uma proteína truncada. A dosagem de atividade enzimática em indivíduos saudáveis foi em média 19,89 nmol/mLlh (desvio padrão de 8,63nmol/mLlh), já no grupo casoríeste trabalho a dosagem da atividade enzimática apresentou resultados inconsistentes (dados não mostrados), provavelmente devido ao tempo de estocagem. Conclusão: O presente trabalho traz informações importantes para caracterização genética e bioquímica da doença de Alfa Manosidose na população brasileira. É possível concluir que a doença de Alfa Manosidose possa ser subdiagnosticada no Brasil, não só pela presença de um indivíduo afetado em nosso estudo, mas também pela falta de conhecimento da doença, devido a poucos estudos descritos na literatura e da ausência de trabalhos relacionados a essa doença na população brasileira. Os resultados mostraram que a realização da pesquisa da doença de Alfa Manosidose pode ser um diagnóstico diferencial para MPS e que poderia ser implementado nos ambulatórios e centros de referência do território nacional.