O Estatuto do corpo nos dispositivos foucaultianos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Priscila da [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/39279
Resumo: Michel Foucault produziu um importante deslocamento na reflexão política ao desembaraçar-se da figura imponente do Estado, bem como da ideia de primazia das relações econômicas, das quais as relações de poder seriam uma espécie de efeito ou consequência. Para o filósofo, o poder se conjuga no plural e infiltra nos corpos. Foucault compreende o campo político como arena na qual forças empreendem um combate agônico. Nesse sentido, este trabalho pretende discutir o estatuto do corpo nos dispositivos. Se, como defendido por Foucault, necessariamente as relações de poder atravessam e se inscrevem nos corpos, propomos que a investigação deste processo pode elucidar a eficácia dos dispositivos e apontar modos de ultrapassá-los para, assim, instaurar novos dispositivos sustentados em outros jogos de verdade. Deste modo, considerar-se-á a dimensão corporal tanto no processo de inscrição e exercício político como no que concerne às possibilidades de questionar e resistir à dominação. Esta discussão aponta também para o lugar do corpo nas práticas de liberdade, a partir da tensão transfiguradora entre a corporeidade e a finitude. Caso esta leitura esteja correta, isto é, se a dimensão corpórea é fundamental para o investimento político e também para as ações de resistência, seria autorizado propor o corpo como campo de batalha ou, em outras palavras, o corpo como dispositivo, nossa hipótese principal.