Pelo que seu corpo vibra? Identidades multidimensionais na ummah baiana (1807-1835)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Damião, Erika Cristina [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71327
Resumo: Na sociedade escravista da Bahia, os africanos escravizados não apenas buscavam a liberdade, mas também tentavam se adaptar às imposições do Novo Mundo, apesar das adversidades que enfrentavam. O intercâmbio cultural, a negociação de identidades e a redefinição dos laços de solidariedade os levaram a formar identidades “multidimensionais”, integrando redes de sociabilidade onde compartilhavam práticas culturais, ideologias coletivas e espaços comuns. O objetivo desta pesquisa é compreender os cruzamentos que contribuíram para a construção do processo identitário dos africanos escravizados e libertos na Bahia do século XIX. Busca-se entendê-los dentro do contexto social em que viviam e, por conseguinte, destacar as associações que lhes pareceram viáveis em suas trajetórias, considerando que a constituição destas podem ter viabilizado a organização da Revolta dos Malês em 1835. Para isso, percorremos espaços de moradia e de trabalho onde estavam alocados africanos, citados e/ou interrogados na Devassa do levante de escravizados, a fim de identificarmos o que chamamos de redes de afetos. Propomos revisitar o repertório multifacetado desses africanos, entrelaçando suas experiências, trajetórias e redes de sociabilidade, ampliando assim as perspectivas sobre a sociedade baiana do século XIX e evidenciando o ambiente complexo e heterogêneo no qual esses grupos estavam inseridos.