Artes indígenas no Brasil: um levantamento dos conceitos e termos mobilizados pelos indígenas a partir de 2013.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Koyama, Erika Kimie
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/71503
Resumo: O universo que Jaider Esbell chamava de arte indígena contemporânea – designação não necessariamente consensual, como se procura mostrar neste trabalho – é complexo, dinâmico e relativamente recente no Brasil, tendo emergido há pouco mais de uma década, fruto do protagonismo de artistas, curadores e coletivos que passaram a produzir obras, seja para o registro e a transmissão de conhecimentos coletivos; seja como elemento de construção identitária e arma política diante do mundo dos "brancos"; seja para a geração de renda ou tantas outras possibilidades e sentidos. Uma vez que a história da arte brasileira ainda não conta com muitas pesquisas consolidadas acerca das artes indígenas, a presente dissertação se propõe a compilar e sistematizar diferentes concepções e terminologias que vêm sendo utilizadas pelos próprios intelectuais e criadores indígenas para dar conta desse fenômeno. A partir da análise de catálogos, lives, artigos, conversas e visitas a espaços expositivos delinearam-se algumas abordagens da arte indígena no Brasil – entre as quais arte como armadilha; arte como pussanga; arte como procedimento reantropofágico; arte como processo educativo e assim por diante. A dissertação está dividida em quatro capítulos, nas quais tais abordagens e concepções são apresentadas e ilustradas, partindo das proposições de autores como Jaider Esbell, Denílson Baniwa, Naine Terena, Ailton Krenak, Sandra Benites, Tadeu Kaingang, Kássia Borges Karajá e outros. Não houve pretensão de esgotar o assunto, mas de realizar um mapeamento preliminar, reunindo e sistematizando ideias que, até então, estavam dispersas e nem sempre facilmente localizáveis.