Impacto da dieta cetogênica sobre o comportamento adaptativo e os marcadores inflamatórios em crianças e adolescentes com epilepsia fármaco-resistente
Ano de defesa: | 2017 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6732735 https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/52218 |
Resumo: | Objetivo: A dieta cetogênica (DC) é indicada para epilepsia fármaco-resistente e pode modular a epileptogênese e a neuroproteção, envolvidas na expressão de vias inflamatórias. Este estudo analisou o impacto da DC clássica na redução de crises epilépticas e paroxismos no EEG, comportamento adaptativo e biomarcadores inflamatórios séricos em crianças e adolescentes. Métodos: Este estudo longitudinal foi realizado em um centro de epilepsia terciária do Hospital São Paulo, Brasil e avaliou 16 crianças com epilepsia fármaco-resistente (6 meninas) entre 1 e 20 anos (10,0 ± 6,48) submetidas à DC. O acompanhamento durante um período de 6 meses compreendeu a análise da escala de comportamento adaptativo Vineland, contagem de descargas epileptiformes interictais no vídeo-EEG de 24 horas e mensuração sérica de biomarcadores inflamatórios (IL-1Beta, IL-6, IL-8, IL-10, TNF-alfa, PCR). Resultados: Os pacientes atingiram 50,1% (p<0,001) e 30,9% (p=0,014) de redução de crises no terceiro e sexto meses de tratamento com DC, respectivamente, sem modificação significativa no EEG. O comportamento adaptativo melhorou desde o período basal até 6 meses em todos os domínios: motricidade (p=0,005); comunicação (p=0,012); socialização (p=0,019) e atividade de vida diária (p=0,053). Os valores de biomarcadores inflamatórios no período basal em comparação com os controles foram: menores para IL-10 (p=0,030), IL-6 (p=0,050) e IL-8 (p=0,029); maiores para PCR (p=0,030); e não houve alterações para IL-1Beta (p=0,400) e TNF-alfa (p=0,336). Entre o período basal até 6 meses houve aumento nos níveis de IL-10 (p=0,005), IL-6 (p=0,002), IL-8 (p=0,009), redução leve de TNF-alfa (p=0,053) e nenhuma alteração em PCR (p=0,097) e IL-1Beta (p=0,246). Conclusão: O tratamento com DC promoveu boa redução de crises epilépticas independente dos achados eletroencefalográficos e melhora no comportamento adaptativo. No período basal, houve níveis mais baixos em comparação com os controles de alguns biomarcadores inflamatórios que aumentaram durante o tratamento e que podem desempenhar papel ambiguo na ação da DC. |