Avaliação da toxicidade de lixiviado de bitucas de cigarro sobre Crassostrea brasiliana

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Rosa, Hytalo de Souza [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/69605
Resumo: Resíduos sólidos provenientes de atividades humanas estão amplamente distribuídos nos ambientes marinhos e costeiros do planeta. Nesse contexto, as bitucas de cigarro (BC) estão entre os detritos mais recorrentes na composição do lixo recolhido em zonas costeiras. Adicionalmente, as BCs atuam como uma fonte potencial de contaminação, sobretudo em ambientes aquáticos, devido às mais de 7000 moléculas que a constituem. Dentre essas moléculas, 150 são consideradas tóxicas, podem ser lixiviadas e consequentemente contaminar áreas de descarte. Visando compreender impactos ligados à BC, o presente estudo avaliou experimentalmente a bioacumulação e efeitos ecotoxicológicos de diferentes concentrações de lixiviados de bitucas de cigarro ao longo do tempo sobre ostras da espécie C. brasiliana, verificando seu estado geral da saúde com base no tempo de retenção do corante vermelho neutro (TRCVN) e a variação da expressão de genes relacionados a biotransformação de xenobióticos. Os resultados indicam efeitos negativos ao estado geral da saúde dos organismos expostos a diferentes diluições de lixiviados de BC, visto que houve redução no TRCVN em organismos expostos a diluições maiores que 0,1% por 24 horas e em todas as diluições por 96 horas. Resultados relacionados à variação da expressão gênica indicam uma tendência geral de inibição na expressão dos genes GSTΩ, HSP70 e CYP2-like em C. brasiliana exposta por 24 horas, os quais participam do processo de biotransformação de xenobióticos, bem como na estabilidade de proteínas e membranas celulares. Apesar da baixa bioacumulação de Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos, foram observados danos às membranas lisossômicas e variações na expressão de genes importantes no processo de proteção de C. brasiliana frente a xenobióticos, confirmando as BCs como uma fonte de substâncias nocivas à organismos marinhos.