Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Munk, Márcia [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/22905
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Resumo: |
Introdução. O aumento da populacao de 60 anos ou mais foi acompanhado do aumento das doencas cronicas nao transmissiveis (DCNT). As associacoes entre fatores de risco, DCNT e a percepcao do estado de Saúde (PES), serao analisadas neste estudo de base populacional realizado em Recife. Objetivos: Os objetivos deste estudo realizado com a populacao de Recife, estratificada em jovens (16 a 59 anos) e idosos (≥ 60 anos), foram estimar as prevalencias de quatro doencas cronicas nao transmissiveis (DCNT) - Diabetes Mellitus (DM), Hipertensao Arterial (HA), Doenca Cardiovascular (DCV), Osteoporose (OP); o estado de Saúde percebido (PES), fatores socio-demograficos e fatores de risco primarios para DCNT - tabagismo, consumo de alcool, inatividade fisica e obesidade. Analisar o risco associado entre as caracteristicas socio-demograficas, DCNT e PES; risco associado entre fatores de risco primario, DCNT e PES desta populacao. Metodologia: A amostra foi aleatoria e estratificada composta pela populacao de residentes em Recife nao institucionalizada, ≥ 16 anos. Foram selecionados 2400 domicilios distribuidos em 12 conglomerados com 200 numeros de telefones fixos cada. Dentre os 3632 potencialmente elegiveis para responderem a pesquisa, foram entrevistados 2.045 adultos, sendo uma amostra representativa da populacao de Recife. Resultados: Do total de 2045 entrevistados 78,97% eram do grupo jovem - de 16 anos a 59 anos e 21.02% do grupo de idosos - de 60 anos e mais; onde 62.83% sao mulheres e 38,17% de homens,a proporcao de mulheres aumenta com a idade, sendo 70.93% no grupo de idosos. Existem diferencas entre os grupos referentes a educacao e estado civil, no grupo jovem a maior parte tem o ≥ 2o grau (75.48%), enquanto no grupo de idosos 55.90% tem < 2o grau. No referente ao estado civil, ha uma diferenca significativa, enquanto quase a metade do grupo jovem (43.72%) e de solteiros, no grupo de idosos 86.51% sao casados, viuvos ou separados. As DCNT referidas apresentaram uma distribuicao de prevalencia de DM (7.1%), sendo jovens (3.35%) e idosos (21.16%); HA (30.41%) - jovens (23.45%) e nos idosos (56.74%); DCV (3.5%) - jovens (1.49%) e idosos (11.19%); OP (7.28%) - jovens (3.05%) e idosos (23.42%); o diagnostico referido de pelo menos uma DCNT (43.42%) - jovens (35.44%) e idosos (75.81%); mais prevalentes entre as mulheres e aumentando com a idade. A PES como ruim/ regular (37.84%) - jovens (34.61%) e idosos (50%), mais prevalente entre as mulheres. As prevalencias aos fatores de risco primarios sao: sobrepeso/obesidade (37.01%), maior entre os jovens (40.50%) e idosos (32.39%); tabagismo e maior entre idosos (40.70%) e jovens (34.30%); ja o consumo de alcool e maior entre jovens (39.81%) e idosos (20%). A maioria da populacao desta amostra e insuficientemente ativa tanto no lazer (78,29%) quanto no transporte (74,82%). As associacoes entre fatores socio-demograficos e DCNT, foram: ser homem aumenta o risco para DCV (3.52) e e fator de protecao para OP (0.59) entre idosos; ser branco entre os idosos e fator de protecao para HA (0.54) e diagnostico de DCNT (0.44), ja entre os jovens aumenta o risco de OP (4.0); ter ≥ 2o grau entre os jovens aumenta o risco de HA (2.46), DCV (15.18) e OP (11.56), ja entre os idosos aumenta o risco para DM (2.43), HA (1.79) e nao ser solteiro entre os jovens aumenta o risco de DM (5.14), DCV (4.02), OP (5.06) e diagnostico de DCNT (1.82). As associacoes entre fatores socio- demograficos e PES, foram: ser homem e fator de protecao em relacao a PES (ruim 0.43) entre jovens; ter ≥ 2o grau aumenta o risco de PES ruim em ambos os grupos- jovens (1.47) e idosos (1.81). As associacoes entre fatores de risco e DCNT, foram: IMC normal nos jovens e fator de protecao HA (0.28), DM (0.29), diagnostico de DCNT (0.23); fumar nao mostrou associacoes em ambos os grupos, mas beber tem influencia, pois nao beber entre idosos aumenta o risco de DM (2.55) e entre os jovens de DCV (2.53); ser suficientemente ativo no lazer entre idosos e fator de protecao de DCV (0.21); ser suficientemente ativo no transporte entre os jovens e fator de protecao de HA (0.56) e diagnostico de DCNT (0.65). As associacoes entre fatores de risco e PES, foram: IMC normal nos jovens e fator de protecao em relacao a PES ruim (0.43); fumar nao mostrou associacoes em ambos os grupos e beber tem influencia, pois nao beber aumenta o risco de PES ruim em ambos os grupos, jovem (1.75) e idosos (2.61); ser suficientemente ativo no lazer e no transporte e fator de protecao em relacao a PES ruim entre idosos, 0.24 e 0.40, respectivamente. Conclusao: Este estudo de base populacional com dados referidos, mostrou similaridades com outros estudos populacionais no relativo as caracteristicas de genero no envelhecimento e na menor escolaridade entre os idosos do que entre os jovens. Entretanto, diferentemente da maioria dos estudos populacionais que avaliam as relacoes de associacao entre DCNT, fatores de risco e mortalidade, neste sao mostradas as associacoes entre DCNT, PES, fatores de risco e morbidade. O IMC normal se mostrou como um importante fator de protecao para os jovens diminuindo em 80% o risco de HA , DM e ao diagnostico de DCNT. A atividade fisica (AF) tanto no lazer ou no transporte, se mostrou associada de forma positiva a Saúde em ambos os grupos. Entre os jovens, como fator de protecao para HA e ao diagnostico de pelo menos uma DCNT e, entre os idosos, como fator de protecao para DCV. O fato da AF estar fortemente associada com uma melhor PES para o grupo de idosos; sugere a existencia de um o impacto da AF em ambos os grupos, maior para a faixa etaria de 60 anos e mais. |