Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Karaguilla, Michele Denise [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/8820
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Resumo: |
Objetivo: Este estudo se propõe a investigar modificações do padrão de uso de substâncias psicoativas em uma população de dependentes químicos, após uma intervenção multidisciplinar, e a identificar variáveis que possam estar associadas à evolução do tratamento. Uma das variáveis identificadas, a experiência criativa, foi analisada nestes sujeitos a fim de averiguar se a intervenção da terapia ocupacional pode favorecer este tipo de experiência. Este estudo partiu da hipótese de que a vivência de experiências criativas é benéfica para estes sujeitos, resgatando o potencial criador e, em última instância, modificando a relação com o objeto de dependência. O referencial teórico adotado neste estudo foi a teoria do desenvolvimento de D. W. Winnicott. Método: A amostra foi constituída de 30 sujeitos; dentre eles, sete participaram também do estudo que adota uma abordagem qualitativa para avaliar a presença de experiências criativas em três momentos: antes da intervenção (T1), durante o tratamento (T2) e após três meses do seu término (T3). Foram utilizados dois instrumentos de avaliação: a entrevista semi-estruturada e a descrição de sessão terapêutica. A fim de avaliar a evolução dos 30 sujeitos foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala de Seguimento de Dependentes de Substâncias Psicoativas (ESA), um questionário de padrão de consumo e um questionário sociodemográfico. Estes instrumentos foram aplicados no T1 e no T3. Resultados: Foi constatado que todos os sujeitos tiveram media de ESA em T3 maior do que em T1, indicando que houve uma melhora dos sujeitos após o tratamento. Outro critério de avaliação do aproveitamento do tratamento, que indica melhora do quadro clinico, é a diminuição do consumo de substâncias psicoativas, ocorrido na grande maioria dos casos. Os dados analisados nesta pesquisa confirmam estudos anteriores que relacionam o apoio familiar e a promoção de um ambiente favorável para a obtenção de melhores resultados no tratamento. Os sujeitos que participaram deste estudo tiveram, de fato, acesso à experiência criativa durante o processo terapêutico. Foi observado nos sujeitos participantes deste estudo um distanciamento da experiência criativa, indicando que o uso de substâncias pode implicar no comprometimento da sua própria subjetividade. Conclusão: Constatou-se que a intervenção da terapia ocupacional com esta população pode ser considerada um facilitador da emergência da experiência criativa, da constituição do self e da instauração de espaços saudáveis no cotidiano do sujeito. A possibilidade de que as experiências criativas vivenciadas no setting terapêutico possam ser reproduzidas no cotidiano após o termino do tratamento não ficou evidenciada na maioria dos entrevistados. Uma das hipóteses deste resultado é de que exista a indicação de terapia ocupacional a nível ambulatorial para proporcionar o acolhimento necessário, a fim de que a experiência criativa possa se perpetuar na vida diária destes sujeitos. |