Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Thiago Rovai [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63341
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Resumo: |
Introdução: Análise das políticas públicas no Brasil, ao longo do tempo, mostra que estas sempre foram focadas no proibicionismo. Por um momento foi incorporada à política a redução de danos, mas que foi excluída na versão da política atual. Os tratamentos disponíveis, por sua vez, privilegiam a internação e a abstinência, ignorando a voz do paciente, com índices baixos de sucesso a partir dessa perspectiva. Objetivos: O objetivo deste trabalho foi identificar quais são os parâmetros de sucesso de um tratamento considerados pelo profissional que lida com dependente de substâncias, pelos familiares desses dependentes e pelos próprios pacientes. A pesquisa investiga ainda se ganhos secundários provenientes do tratamento, não relacionados às metas definidas por essas populações específicas, são levados em conta. Método: Foram utilizados os princípios da metodologia qualitativa: amostra intencional, entrevistas, saturação teórica. Os dados foram analisados de acordo com o recomendado pela Análise de Conteúdo. O N da amostra foi constituído de: 41 profissionais, 11 familiares, 15 dependentes. Resultados: Os parâmetros de sucesso para a amostra de profissionais vão desde a abstinência até discernimento nas escolhas, bom entrosamento com família e amigos, etc. Parâmetros que são similares ao que os familiares também esperam. Os dependentes também concordam com os mesmos pontos de sucesso. Conclusão: Os componentes das três amostras focam em expectativas ousadas e de difícil alcance para qualquer pessoa. Por outro lado, não consideram os benefícios secundários proporcionados pelos tratamentos como aumento do cuidado com a saúde e mudanças na forma de lidar com os prazeres e as dificuldades, assim como a descoberta de capacidades e de novos prazeres e a melhora do autoconhecimento. O destaque que dão à abstinência os impede de perceber os ganhos que um tratamento tem na vida dos indivíduos dependentes e de seus familiares. |