Caracterização genotípica e análise da diversidade genética em agentes da paracoccidioidomicose

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Roberto, Thiago Nunes [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2680704
http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/47511
Resumo: A paracoccidioidomicose (PCM) é uma infecção fúngica sistêmica causada por fungos termo-dimórficos pertencentes ao gênero Paracoccidioides e com grande prevalência na América Latina. O agente etiológico da PCM é formado por um complexo de diferentes espécies crípticas que, por sua vez, dividem-se em duas espécies distintas: P. brasiliensis (com três espécies crípticas ? S1, PS2 e PS3) e P.lutzii. Contudo, estudos morfológicos de diferentes isolados revelaram que entre os diferentes grupos genéticos não há uma variação significativa no formato das células, ou seja, essa ferramenta não é suficiente para discriminar as espécies crípticas. Assim sendo, objetivamos genotipar e analisar a diversidade genética de diferentes isolados de Paracoccidioides spp. por meio de novas técnicas moleculares. Neste estudo, 165 isolados clínicos e ambientais oriundos de diferentes regiões geográficas foram genotipados por TUB1-RFLP. Após a padronização do experimento in vitro, observamos que dentre o total de cepas analisadas, 56% (92) obteve o perfil de restrição para a espécie críptica S1; 13% (22) obtiveram o perfil para a espécie PS2; 9% (14) apresentaram o perfil de digestão para a espécie PS3 e 22% (37) dos isolados foram genotipados como pertencentes à espécie P. lutzii. Além disso, os experimentos de AFLP in vitro revelaram variabilidade genética entre os mesmos isolados caracterizados por TUB1-RFLP, apesar disso, observamos uma correlação entre os diferentes grupos genéticos, isto é, diferentes clados foram formados e os isolados foram agrupados de acordo com as suas respectivas espécies filogenéticas (corroborando os resultados da genotipagem). Ainda, verificamos principalmente que a espécie S1 é a mais dispersa entre os países da América Latina; a espécie críptica PS3 é formada em sua maioria por isolados da Colômbia, contudo, há isolados provenintes do Brasil, Venezuela e Uruguai; e a espécie P. lutzii é econtrada, principalmente, na região centro-oeste do Brasil. Em geral, nosso estudo apresentou duas distintas ferramentas moleculares com capacidade de caracterizar os isolados de Paracoccidioides spp., que servirão de subsídios para novas pesquisas para o conhecimento da doença.