Padrões de prescrição de antipsicóticos para pacientes com esquizofrenia refrataria nos centros de atenção psicossocial de São Paulo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silveira, Ana Stella de Azevedo [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/23159
Resumo: Objetivo: Avaliar o padrao de prescricao de clozapina e outros antipsicoticos para pacientes com esquizofrenia refrataria nos centros de AtencaoPsicossocial de São Paulo. Metodos: Para identificar os pacientes com esquizofrenia refratarios ao tratamento, um questionario multipla-escolha foi respondido por quinze psiquiatras em cinco Centros de Atencao Psicossocial, investigando sobre a condicao clinica dos pacientes, tipo de tratamento antipsicotico dispensado e adesao. Informacoes a respeito do uso atual e pregresso de antipsicoticos foram coletadas atraves de revisao de prontuarios. As barreiras para a prescricao da clozapina foram investigadas com os psiquiatras atraves de uma pergunta aberta no questionario. Resultados: Cento e tres individuos (23,3%) entre 442 pacientes com esquizofrenia preencheram criterios para esquizofrenia refrataria. Cinquenta e oito pacientes (56,3%) estavam em politerapia antipsicotica; 30 (29,1%) em monoterapia com antipsicoticos atipicos, 14 (13,6%) em monoterapia com antipsicoticos tipicos e 25 (24,3%) em uso de medicacao de deposito. Apenas 22 (21,4%) dos pacientes estavam em uso de clozapina e nao houve evidencias de que esse medicamento tenha sido sugerido em algum momento para os pacientes. Psiquiatras apontaram o ocontrole hematologicoo e o oatrasos no laboratorioo como as principais barreiras para a prescricao da clozapina. Conclusao: Apesar de o Governo subsidiar a distribuicao da clozapina, a grande maioria dos pacientes com esquizofrenia refrataria (78,6%) e negligenciada no que tange o recebimento desse tratamento. No lugar da clozapina, a medicacao mais recomendada na literatura para esquizofrenia refrataria, psiquiatras optam por prescrever politerapia antipsicotica. Autoridades do Governo deveriam fazer esforcos para prover os Centros de Atencao Psicossocial com treinamento, logistica e equipamentos adequados para atender pacientes que se beneficiariam do tratamento com clozapina