Modals no Processo de Aquisição do Inglês como L2 por Aprendizes Brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Felipe Luiz de Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/58388
Resumo: A presente dissertação de mestrado é baseada na perspectiva gerativista, levando em conta as questões concernentes à interface sintático-semântica e tem como base os pressupostos da Gramática Gerativa (CHOMSKY, 1958, 1981, 1986, 2001). O objetivo dessa pesquisa é compreender a aquisição dos modais por falantes de português brasileiro (PB) que estão no processo de aquisição da língua inglesa como segunda língua (L2). Tal aquisição se demonstra problemática por fatores diversos ao longo do espectro da língua: em casos mais elementares, a condição entre os verbos nucleares e perifrásticos, já em relação aos níveis mais proficientes, as proposições expressas através dos modais deônticos e epistêmicos. Estas dificuldades ocorrem devido a uma possível diferenciação no processo de ordenação de traços no desenvolvimento da interlíngua do aprendiz, quando esse aplica parâmetros provenientes de sua primeira língua (L1), que não são compatíveis com os da L2. Uma mudança intercambiável se torna praticamente inalcançável, uma vez que o português demonstra ter construções modalizadoras que, em inglês, não ocorrem na mesma distribuição, situação que causa problemas no processo de aquisição por conta da aplicação inadequada de uma estrutura possível, porém não natural e proficiente. Em relação à fundamentação teórica, baseando-se em trabalhos desenvolvidos por Jacobs (1995), Celce-Murcia e Freeman (1999), White (2000), Palmer (2001), Collins (2009), Kratzer (2012), Slabakova (2016), dentre outros, procurou-se esclarecer as seguintes questões: (i) Quais são os aspectos das modalidades deôntica e epistêmica que trazem problemas para o desenvolvimento do conhecimento e, consequentemente, uso dos modais de maneira acurada pelos aprendizes brasileiros? (ii) Quais são as características dos modais nucleares e perifrásticos que apresentam dificuldades aos aprendizes brasileiros em relação à forma e significado e que impactam o uso? A avaliação dos materiais expostos aos alunos e da abordagem com a qual se trabalha os modais em contextos de aquisição de L2 demonstrou que esse conteúdo se apresenta de forma instrumental e mecânica, o que leva à escolha da estrutura sintática mais semelhante à construção da L1 do falante, formada por expressões modalizadoras, acarretando uma ordenação de traço incompatível com a L2, cujo subconjunto oferece duas alternativas: nuclear e perifrástica. A hipótese para a dificuldade de aquisição vem, em primeiro lugar, pela dificuldade de equivalência na L1 e consequentemente na representação mental da interlíngua e, em segundo lugar, pela apropriação de significado e uso mais concreto na utilização de expressões perifrásticas que possuem proposição com sentido aproximado, porém não sinônima.