Influência da fase de treinamento sobre parâmetros nutricionais, físicos e psicobiológicos de atletas paralímpicos brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Rodrigues, Dayane Ferreira [UNIFESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2823376
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/48496
Resumo: Atletas paralímpicos têm obtido resultados de grande expressividade, porém, algumas variáveis podem influenciar o desempenho atlético, bem como, alterar o comportamento em fases distintas de treinamento. Objetivo: verificar se existe diferença entre três fases de treinamento distintas no consumo de energia, de macronutrientes, na composição corporal, na ansiedade e qualidade subjetiva de sono, de atletas brasileiros da seleção permanente de atletismo paralímpico. Método: Foram avaliados 18 atletas em três fases de treinamento distintas: (1) pós-competição no final de 2011, (2) pós-férias no início de 2012 e (3) pré-competição em Junho de 2012. O consumo de macronutrientes, a ansiedade, a qualidade de sono e a sonolência diurna foram avaliados por meio dos seguintes questionários respectivamente: recordatório de 24 horas, inventário de ansiedade traço-estado, índice de qualidade de sono de Pittsburgh e escala de sonolência de Epworth. Para estimar o índice glicêmico das refeições considera a proporção de carboidratos de cada alimento em relação ao valor de carboidrato total da refeição e o valor proporcional do índice glicêmico. A composição corporal foi avaliada pelo método de pletismografia por deslocamento de ar. Os resultados foram apresentados como mediana e erro padrão e o nível de significância adotado foi p<0,05. Resultados: O consumo de carboidratos dos atletas nas três fases de treinamento foi inferior ao recomendado. Entre as fases de treinamento pós-competição e pós-férias (avaliações 1 e 2), houve aumento da massa magra (valores absolutos: p=0,004/ valores relativos: p=0,010) e diminuição da massa gorda ( valores absolutos: p=0,028 /valores relativos: p=0,018) no período pós-férias. Entretanto, ao comparar os períodos pós-férias e pré-competição (avaliações 2 e 3) ocorreu uma diminuição de massa magra (valores absolutos: p=0,003/ valores relativos: p=0,006) e aumento de massa gorda (valores absolutos: p=0,004 /valores relativos: p=0,006), no período pré-competição. Ao se avaliar os parâmetros psicobiológicos nas diferentes fases de treinamento, houve diferença apenas no tempo total de sono entre as avaliações 2 e 3 (p=0,024) com aumento na avaliação 3 (p=0,016). Para ansiedade-estado, houve um predomínio de nível médio nos períodos pós-competição (=8; df=1; p=0,005) e pós-férias (=16,333; df=2; p = 0.001) e a eficiência de sono >85% foi predominante nas avaliações 1, 2 e 3 (=8; df=1; p=0,005/ = 14,222; df=1; p=0,001/ =14,222; df=1; p=0,001). No período pós-competição os atletas com boa qualidade de sono apresentaram consumo intermediário de carboidratos em gramas/Kg/dia (p=0,007) e menor consumo de lipídeos em gramas/Kg/dia (p=0,02). Além disso, houve uma correlação média negativa, entre consumo diário de proteínas em gramas (r=-0,59; p=0,01), o percentual de energia de proteínas consumido (r=-0,57; p=0,01) com a eficiência de sono. Também houve uma correlação negativa média (r=-0,52; p=0,03) entre consumo diário de proteínas em gramas com o tempo total de sono e consumo diário de carboidratos (r=-0,48; p=0,04) e latência de sono. A latência de sono apresentou correlação média positiva com índice glicêmico do jantar (r=0,57; p=0,02) e correlação preditiva positiva (r=0,84; p=0,02) com índice glicêmico do jantar e da ceia. Conclusões: Os atletas apresentaram um consumo inadequado de carboidratos nas três fases de treinamento. No período pré-competição houve diminuição de massa magra e aumento de massa gorda. Além disso, quanto maior o IG do jantar maior a latência do sono. No período pós-competição quanto maior o consumo de proteínas menor a eficiência e o tempo total de sono. Porém, quanto maior o consumo de carboidratos menor a latência e maior eficiência de sono.