Associação entre o estado hormonal e os aspectos psicobiológicos de atletas paralímpicos em uma temporada competitiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: João Paulo Pereira Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Brasil
Programa de Pós-Graduação em Ciências do Esporte
UFMG
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/30737
Resumo: O presente estudo teve como objetivo investigar associações entre o estado hormonal (Cortisol e Testosterona salivares) e os aspectos psicobiológicos de atletas Paralímpicos em uma temporada competitiva. Participaram do estudo 11 nadadores paralímpicos (22,73 ± 5,00 anos) que foram avaliados em três semanas de treinamento (ST1, ST2, ST3) no último ano de preparação para os Jogos Paralimpicos RIO 2016. As avaliações realizadas em cada semana de treinamento foram: fontes e sintomas de estresse (DALDA), estresse e recuperação (REST-Q sport), motivação no esporte (EME), humor (BRAMS), qualidade de recuperação (TQR), índice de carga interna de treinamento (PSE sessão), qualidade do sono (PSQI) bem como foram realizadas coletas de amostras salivares para análise de concentração de Cortisol ([Csal]) e Testosterona ([Tsal]). O teste de Friedman foi utilizado para verificar diferenças nas variáveis contínuas e o teste Wilcoxon foi utilizado sobre as diferentes combinações de semanas de treinamento relacionadas (p≤0,05). Os nadadores Paralímpicos apresentaram um perfil de motivação autodeterminado, predominantemente representado por maiores níveis de motivação intrínseca. Os atletas apresentaram baixos escores em escalas negativas e maiores escores na escala positiva (perfil de humor iceberg). Em relação a qualidade sono (PSQI) houve diferença para eficiência do sono na ST3 > ST1 (p=0,02). Houve diferença na percepção de recuperação (TQR) na ST2 (p= 0,02). Para sintomas de estresse (DALDA), houve diferença no número de respostas na ST1 > ST3, (p=0,05) e ST2 > ST3 (p=0,05). Com relação a carga interna de treinamento, houve diferenças entre as ST para carga semanal total com a ST1 > ST3 (p= 0,02) e ST2 > ST3 (p=0,02). Para as subescalas do REST-Q sport houve diferenças significativas entre as ST para as subescalas “Conflitos/Pressão” (p= 0,01) e “Fadiga” (p<0,01). Em referência ao estado hormonal, houve associação entre a [Csal] e as escalas do REST-Q sport, com correlações entre [Csal] e a sub-escala “Conflitos/Pressão” (r=0,60; p=0,04) na ST1 e a subscala “Perda de Energia” (r=0,63; p=0,03) na ST2. Na ST3 houve correlações entre as [Tsal] e motivação intrínseca “Conhecer” (r=0,83; p<0,01), “Objetivos” (r=0,66;p<0,02), “Experiências” (r=0,65;p<0,02) e “Desmotivação” (r= - 0,70;p=0,01). Houve ainda associações entre a [Tsal] e dimensões do REST-Q sport na ST1 para as subescalas “Recuperação Social” (r=0,77; p<0,01), “Bem Estar Geral” (r=0,73;p<0,01),“Qualidade de Sono” (r=0,63; p=0,03) e “Autoeficácia” (r=0,60; p=0,05). Na ST3, houve associação entre [Tsal] e as subescalas “Sucesso” (r= 0,61; p=0,04), “Qualidade do Sono” (r=0,62; p=0,03), “Aceitação pessoal” (r= 0,58; p=0,05), “Recuperação Social” (r= 0,76; p<0,01), “Autoeficácia” (r= 0,82; p<0,01), “Autoregulação” (r= 0,85; p<0,01) e “Recuperação Física” (r= 0,80; p<0,01). Dessa forma, conclui-se no presente estudo que houve associações entre o estado hormonal (Cortisol e Testosterona salivares) e os aspectos psicobiológicos, sugerindo a interação entre estes biomarcadores em domínios físicos e psicológicos de nadadores Paralímpicos em uma temporada competitiva.