Efeitos de vesículas extracelulares derivadas de células-tronco pluripotentes induzidas em lesões geradas por fator de crescimento transformador beta em células mesangiais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Bronel, Bruno Aristides dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11600/62497
Resumo: O fator de crescimento transformador beta (TGF-β) é um dos principais indutores de fibrose renal. Dentre suas ações destaca-se a indução da transdiferenciação miofibroblástica, tendo um papel importante na disfunção renal em várias condições fisiopatológicas, contribuindo para progressão da doença renal crônica. A inibição do sistema renina-angiotensina (SRA) é uma estratégia eficiente em reduzir os processos pró-fibróticos, no entanto, essa estratégia apenas retarda a progressão da doença, mas não reverte a fibrose estabelecida. Nesse contexto, é necessária a busca por novas terapias. A utilização de célulastronco pluripotentes induzidas (iPSC) tem sido considerada uma abordagem com grande potencial regenerativo tecidual, através de efeitos parácrinos pela secreção de biomoléculas liberadas no meio extracelular ou transportadas dentro de vesículas extracelulares (EVs) para células alvo. Portanto, a utilização de EVs derivadas de iPSC (EV-iPSC) pode ser uma abordagem terapêutica promissora com reduzidos efeitos colaterais em comparação às iPSC. Este estudo teve como objetivo avaliar o potencial efeito terapêutico de EVs derivadas de iPSC (EV-iPSC) em modelo in vitro, utilizando células mesangiais de camundongos (MMCs) estimuladas com TGF-β. EV-iPSC foram obtidas por ultracentrifugação diferencial do meio de cultura de iPSC e avaliadas por análise de rastreamento de nanopartículas (NTA). As EV-iPSC foram caracterizadas pela avaliação proteica de marcadores específicos. MMCs foram estimuladas com 5 ng/mL de TGF-β e tratadas ou não com EV-iPSC. Marcadores de inflamação, de fibrose e os componentes do SRA foram avaliados por RT-PCR, western blotting e imunofluorescência. Os resultados estão expressos como média ± erro padrão da média. A análise estatística foi feita através de análise de variância (ANOVA), seguida de teste de Tukey. Foi observada a expressão de marcadores positivos de EVs (CD9, CD63 e CD81) e negativo (calnexina), marcador de retículo endoplasmático. O tamanho médio das EV-iPSC foi de 151,6 nm. A análise quantitativa mostrou uma concentração média de 1,03x109 partículas/mL por 106 células. O estímulo com TGF-β aumentou a expressão de marcadores de fibrose (fibronectina, vimentina, α-SMA e colágeno do tipo I), moléculas relacionadas à inflamação (p50 e p65) e componentes do SRA (renina, angiotensinogênio e receptor AT1). Essas alterações foram atenuadas na presença de EV-iPSC. As EV-iPSC foram eficientes em reduzir os marcadores de fibrose, moléculas relacionadas à inflamação e componentes do SRA em MMCs estimuladas com TGF-β, podendo constituir uma ferramenta terapêutica em potencial na doença renal crônica. A utilização de EV-iPSC é uma terapia inovadora e de alta relevância translacional para modelos in vivo, abrindo novas perspectivas na área de nefrologia.